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As informações reveladas pela ‘Pandora Papers’, investigação feita por diversos veículos de comunicação ao redor do mundo, incluindo o Brasil, sobre as empresas offshore em paraísos fiscais do ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisa ser investigado, na opinião de Mauro Menezes, o ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, entre os anos de 2016 e 2018.

Para ele, mesmo que Guedes e Campos tenham informado que possuíam esse tipo de empreendimento fora do país, é no mínimo questionável, do ponto de vista ético, que eles mantivessem esse tipo de negócio. “O fato dele ter revelado não constitui um salvo conduto ou uma carta branca para fazer o que quiser como ministro”, disse Menezes em entrevista ao Bahia Notícias.

A Comissão de Ética Pública é um órgão vinculado ao presidente e atua como instância consultiva do presidente e ministros em matéria de ética pública. O colegiado, que hoje tem seis membros, é responsável entre outras atribuições, pela apuração de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo.

Além disso, Menezes elogiou a iniciativa da bancada de oposição da Câmara dos Deputados e do Ministério Público que já se posicionaram em favor de que tanto o ministro quanto o presidente do Banco Central prestem esclarecimentos. Além deles, o procurador-geral da Republica (PGR) Augusto Aras, adiantou que vai pedir esclarecimentos a Guedes sobre as offshores.

“Os documentos terão que ser apresentados e terá quer ser feito esse cotejo para que se estabeleça uma eventual relação causa e efeito para que determine a ilicitude do ministro de estado que pode configurar inclusive um ato de improbidade administrativa”. (BN)