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Vice-líder do governo na Câmara, o deputado-pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) irá protocolar na Câmara pedido de impeachment do vice-presidente, o general Hamilton Mourão, na próxima terça-feira (16).

Feliciano acusa Mourão de traição e afirma que o general conspira para derrubar Bolsonaro. A gota d’água para o pedido de impeachment foi o fato do vice-presidente ter “curtido”, no Twitter, uma postagem da jornalista Rachel Sheherazade crítica a Bolsonaro.

Sheherazade, ao lado de outros jornalistas como Reinaldo Azevedo e Ricardo Noblat, tiveram papel decisivo na campanha de ódio contra o PT, pelo golpe de Estado contra Dilma Roussef em 2015-16 e manifestaram simpatia por Bolsonaro nas eleições de 2018. Agora, estão todos na oposição.

“Palestra de Mourão em Harvard. Finalmente um representante do governo não nos causa vergonha alheia. Muito pelo contrário: o vice mostrou como ele e o presidente são diferentes: um é o vinho, o outro o vinagre”, diz a postagem de Sheherazade apreciada por Mourão. Feliciano e outros bolsonaristas estão enfurecidos com o twitter e, sobretudo, com a “curtida” de Mourão.

“Vejam, não bastasse Mourão chancelar com sua presença todas as barbaridades que estavam escritas no convite de sua palestra no Wilson Center (inclusive que era melhor alternativa que o presidente Jair Bolsonaro), agora curte tuíte da jornalista que critica o presidente”, disparou Feliciano em um twitter.

A jornalista retrucou em outra postagem: “Surpreende-me um Pastor Evangélico, que deveria ser, antes de tudo, um pacificador, incitar a militância bolsonarista truculenta contra o vice-presidente Mourão. Lamentável sua postura, Marco Feliciano. Que Deus o perdoe!”, escreveu.

Se a “curtida” de Mourão é a gota d’água, para Feliciano há motivos de sobra para o pedido de impeachment. Para ele, várias declarações do vice-presidente que não estariam de acordo com o posicionamento de Jair Bolsonaro em pautas, entre outras, como como o aborto. O deputado federal, ao longo da semana, ainda acusou o Mourão de “comportamento indigno” por, supostamente, desrespeitar a hierarquia ao querer “escolher ministério”.

 “Atuo como vice-líder do Governo no congresso nacional e já avisei por aqui o general Mourão. Ou começa a ter uma postura digna e LEAL ao presidente Jair Bolsonaro, ou eu mesmo vou protocolar um pedido de impeachment, por comportamento indecoroso”, tuitou Feliciano na segunda-feira (8). Fórum