Após a intensa atuação de ministros do Palácio do Planalto para tentar conter a crise política no governo, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, ganhou sobrevida no cargo. Mas a permanência, em definitivo, ainda não está garantida, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.

“Isso não dá para prever. Vai depender do clima daqui para frente”, disse um interlocutor do governo.

Depois da fritura explícita de Bebianno, causada por parte da família de Bolsonaro, o ministro disse a interlocutores que até poderia deixar o governo, mas que exige uma saída honrosa. “Não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado”, desabafou o ministro a aliados.

A decisão de manter Bebianno no cargo por enquanto foi tomada pelo presidente Jair Bolsonaro após ele se reunir com os ministros Santos Cruz (Secretaria de Governo), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Segurança Institucional), além da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

O temor era que a saída de Bebianno, nesse momento, poderia intensificar ainda mais a crise. A palavra de ordem agora é manter a discrição e minimizar o episódio, até mesmo para evitar uma nova reação de Carlos Bolsonaro, um dos filhos de presidente.

“Estamos tentando articular para aprovar a reforma e não pra provocar os filhos do presidente”, disse um interlocutor do governo. Informações do blog do Gerson Camarotti Foto: Valter Campanato/Agência Brasil