EC Bahia

Em um ‘jogo de seis pontos’ contra a zona de rebaixamento, o Bahia empatou sem gols com o Juventude, na noite deste sábado (30), no Alfredo Jaconi. A partida foi disputada, mas o que mais chamou a atenção foram as atuações do VAR. Com direito à polêmica e bronca do Esquadrão. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Ronaldo finalizou para o gol vazio, só que a bola tocou no braço de Vitor Mendes antes de sair pela linha de fundo.

O árbitro chegou a consultar o vídeo, mas entendeu que era mão de apoio e não marcou pênalti. Depois de Gilberto criticar a decisão, o técnico Guto Ferreira também esbravejou. Para o comandante, não só a penalidade tinha que ser assinalada, como o jogador do Juventude teria que ter levado o cartão vermelho.

“Nós tivemos oportunidade e fomos prejudicados pela arbitragem. Aliás, muito prejudicados, porque era um lance capital. Seria um pênalti, que a gente poderia fazer o gol, abrir o placar. E ainda o jogador teria que ser expulso. Foi um jogador que deu um carrinho na bola e não pegou a bola, ele tirou a bola com o braço. Mas, fazer o que, né… O VAR chamou. Se fosse um lance sem problemas, o VAR não teria chamado”, disse.

“Mas o nosso amigo resolveu chamar para ele a responsabilidade, e essa situação prejudicou bastante o Bahia nessa partida. A gente poderia ter feito uma partida já desde o início com um jogador a mais, quem sabe até com o placar na frente. Talvez, nesse momento, a gente estivesse discutindo outras coisas, porque a tendência é que esse desgaste, essa situação do jogo, pudesse estar mais equilibrada no momento que a gente teria um jogador a mais”, completou Guto.

Para enfrentar o Juventude, o técnico promoveu mudanças. Algumas, forçadas, como as saídas dos suspensos Nino Paraíba e Matheus Bahia. Juninho Capixaba e Renan Guedes entraram nas posições. A principal alteração, porém, foi Rodallega como titular no ataque, substituindo Gilberto. Guto explicou a escolha, e justificou que o artilheiro foi preservado diante do desgaste físico provocado pela sequência de jogos.

“Gilberto saiu no jogo passado reclamando que estava com a panturrilha dolorida. Desde quando nós chegamos, os comentários são de que, quando Gilberto joga com intervalo de três dias, o desgaste é muito grande. Gilberto jogou contra a Chape e nós tiramos ele cedo, para colocá-lo de início contra o Ceará. E, contra o Ceará, nós precisamos tirá-lo aos 25 ou 30 do segundo tempo, porque ele já estava esgotado. E aí vinha o acúmulo, de novo. Aí você vai correr o risco de lesionar? Não dá, né… Você correria o risco se não tivesse um jogador do nível de Rodallega ali do lado. É um cara que que se entrega muito taticamente, procura fazer sempre o que a gente conversou, e isso ajuda muito a equipe”, justificou.

O Bahia, porém, não rendeu muito bem. O Juventude pressionou bastante e assustou o visitante em algumas oportunidades. Mas o Esquadrão segurou o rival e, agora, volta para Salvador com um ponto na bagagem. Guto comemorou o resultado, mas admitiu que o rendimento ficou abaixo do que esperava.

“A gente não pode esquecer que eles têm jogado muito bem, é sempre muito difícil jogar contra o Juventude aqui. O fato de eles não terem jogado no meio da semana faz toda a diferença. Eu acho que, dos jogos que eu fiz, esse… Não vou falar pior, não. Foi um jogo que a gente conseguiu ter um menor rendimento em relação aos outros. Mas, ainda assim, a gente poderia, de repente, ter saído com… Nós tivermos bola na trave. Ah, mas tomamos bola na trave também. Tudo bem, é o equilíbrio do jogo. Em cima de todas as dificuldades, a gente sai com um ponto importante”, comentou o técnico.

Com o resultado, o Tricolor de Aço segue sem perder sob o comando de Guto Ferreira: soma dois triunfos e quatro empates. O Bahia permanece na 15ª colocação, com 33 pontos. Mas pode ser superado na tabela pelo Ceará, que tem a mesma pontuação mas joga neste domingo (31), às 16h, no Castelão, contra o Fluminense. Agora, o treinador terá uma semana para trabalhar a equipe. O Esquadrão só volta a jogar no domingo da semana que vem, dia 7, às 18h15, na Arena Fonte Nova, contra o São Paulo. (Correio da Bahia)