A exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, era esperada para ser publicada nesta segunda-feira (18), no Diário Oficial, porém, não aconteceu. Um dos motivos, segundo o colunista Gerson Camarotti, do G1, pode ser um “conflito na hierarquia do Exército.

Conforme o jornalista, o secretário-executivo da pasta, general da reserva Floriano Peixoto é o sucessor natural no comando da Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Bebianno, porém, o fato de o general ter três estrelas pode ser empecilho para assumir o cargo.

Assumindo a Secretaria-Geral, Floriano Peixoto estaria hierarquicamente acima de outro general, Maynard Santa Rosa, que é chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), subordinada à Secretaria-Geral. Mas dentro da hierarquia do Exército, Maynard Santa Rosa, general de quatro estrelas está acima de Floriano Peixoto.

“Na minha visão, não pode o general Floriano comandar o general Santa Rosa”, alertou ao blog do Camarotti, um integrante da ala militar do governo. Com a saída de Bebianno, Floriano assumirá interinamente a pasta, mas não deve ficar no cargo devido à hierarquia do Exército.

Gustavo Bebianno é o pivô da primeira crise política do governo do presidente Jair Bolsonaro, gerada pela suspeita de que o PSL, partido de Bolsonaro, fez uso de candidatura “laranja” nas eleições de 2018 para desviar verbas públicas. Foto: Agência Brasil