O recenseamento em terras, agrupamentos e localidades indígenas na Bahia teve início na última quarta-feira (10). O estado é o 15º com mais localidades de povos originários no país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Censo Demográfico 2022, organizou uma operação especial para que os indígenas possam responder a pesquisa.

Um mapeamento prévio identificou 134 localidades indígenas em 39 municípios da Bahia. Esse contingente engloba 35 terras indígenas oficialmente delimitadas, 55 agrupamentos indígenas e 44 consideradas como “outras localidades indígenas”.

Desde 1991, o Censo Demográfico traz informações específicas sobre a população indígena. Na última edição, em 2010, a Bahia era o terceiro estado com a maior população autodeclarada indígena do país: 56.381 pessoas, ficando atrás apenas de Amazonas (168.680) e Mato Grosso do Sul (73.295).

Naquele ano, sete em cada 10 indígenas na Bahia, 72,03% ou 43.303 pessoas, em números absolutos, viviam fora de terras indígenas oficialmente demarcadas. Salvador possuía a maior população indígena do estado, com 7.563 pessoas, sendo a 14ª maior do país. Na sequência, vinham municípios do Sul do estado: Porto Seguro (6.221), Santa Cruz Cabrália (4.366) e Ilhéus (3.986).

A terra indígena mais populosa do estado era a de Caramuru/Paraguassu, localizada nos municípios de Camacan, Itaju do Colônia e Pau Brasil, que possuía 4.678 moradores.

O Censo 2022 irá aplicar, pela primeira vez, um questionário específico para levantar as condições de infraestrutura das comunidades indígenas. Os povos em isolamento voluntário não farão parte da pesquisa.

Segundo o IBGE, os recenseadores e toda a equipe do Censo 2022 recebem treinamento específico e cumprem protocolos de saúde, como vacina contra Covid-19, gripe e febre amarela. G1