A idosa de 64 anos que foi presa em flagrante enquanto agredia a companheira, em Salvador, e que chamou um PM negro de ‘macaco’, durante a ocorrência policial, é servidora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A informação foi confirmada pelo órgão, na segunda-feira (21). Segundo o TJ-BA, a mulher é lotada na comarca de Curaçá, cidade do norte da Bahia. O Tribunal de Justiça não comentou sobre o caso policial envolvendo a servidora.

Libânia Maria Dias Torres foi presa na noite de quarta-feira (16), mas as imagens viralizaram nas redes sociais na sexta-feira (18). O vídeo gravado no local mostra o momento em que os militares tentam colocar a idosa, aparentemente algemada, no fundo da viatura. Nesse momento, a agressora se vira para um dos policiais, um homem negro, e chama ele repetidas vezes de “macaco”.

Ainda no vídeo, é possível ouvir uma mulher pedir à idosa para que “não faça isso”. Por meio de nota, na ocasião, a Polícia Militar informou que, além dos insultos racistas, a agressora também deu um tapa no rosto do policial. Ela e a companheira agredida foram levadas para a 11ª delegacia, que fica no bairro de Tancredo Neves.

“Sobre a injúria racial sofrida pelo soldado Jesus quando estava de serviço, ele já registrou queixa na delegacia e, provavelmente, a agressora vai ser ouvida. Após o inquérito, nós vamos acionar o Ministério Público, já que se trata de uma ação pública. Importante salientar que a injúria racial acontece diariamente na nossa sociedade”, explicou Marinho Soares, advogado do policial. Na delegacia, a idosa foi autuada por injúria racial e agressão contra o PM e a companheira. Ela foi solta e vai responder pelo crime de injúria em liberdade provisória. G1