gov ba

O secretário de segurança pública (SSP-BA), Marcelo Werner, classificou como “inadmissível” o episódio que resultou na morte de uma indígena da etnia pataxó, na zona rural de Potiraguá, no sul do estado, no domingo, 21, devido à disputa de terras. “O evento que aconteceu é inadmissível. Nós não podemos compactuar com violência, de qualquer que seja, de qualquer lado que seja. A gente tem sempre que respeitar a lei. A gente não pode permitir que eventos como aconteceram nesse final de semana se perpetuem”, disse o chefe da pasta durante o evento de lançamento do esquema de segurança do Carnaval da Bahia. Werner salientou que não é de hoje que há movimentações para “mediação para o enfrentamento à violência” na região e prevenir novos episódios como o de domingo.

“Desde o ano passado, assim que chegou na Secretaria, nós instituímos um plano de mediação para o enfrentamento à violência de qualquer tipo de natureza, em conflito agrário e urbano. Parte desse plano foi materializada de ontem com a criação da CIMCAU, (Companhia Independente de Mediação em Conflitos Agrários e Urbanos ) da Polícia Militar. É a primeira companhia dessa natureza instituída na Polícia Militar de todo o Brasil. O intuito é preparar o policial para esse tipo de contenda. Para poder fazer a tratativa da mediação. Nós tivemos no ano passado a instituição de uma força integrada de combate à violência e que atua no extremo sul desde então”, explicou.

O secretário ainda destacou o reforço do efetivo para que novos confrontos não aconteçam na região, além de detalhar outras ações. “Temos hoje mais de 20 policiais da Choque, 10 policiais do BOPE, além das forças de segurança que estão lá. Tivemos o encaminhamento da coordenação de conflito fundiário da Polícia Civil, que está conduzindo as investigações também naquela área.

Ainda no domingo, os fazendeiros foram presos em flagrante pela morte de Maria Fátima Muniz de Andrade e por balear Nailton Muniz Pataxó. “O governador conduziu diversas reuniões a partir disso. No próprio domingo, tivemos diversas reuniões. Ontem tivemos reuniões também com o Ministério Público, com o Judiciário, com a Defensoria, com as secretarias também correlatas em relação a isso, para que a gente possa garantir a paz, garantir o Estado Democrático direito e não permitir a violência de qualquer parte que seja, de qualquer associação de pessoas possíveis com arma de fogo”, concluiu. A Tarde