Um incêndio destruiu, na tarde deste último sábado (3), parte do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca – um dos maiores da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo o prefeito Marcelo Crivella, três idosos morreram. “No incêndio, não. Mas na transferência vieram a óbito”, disse. As chamas começaram pouco antes das 16 horas no segundo andar da Coordenação de Emergência Regional da Barra.

 

A emergência serve de triagem para serviços prestados no hospital. Era horário de visita, e os saguões estavam cheios. Às 17h, a Emergência da unidade foi fechada para novos pacientes. Meia hora depois, 54 pacientes que estavam nas salas Vermelha e Amarela da unidade atingida começaram a ser transferidos para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.

 

Uma enfermeira que não quis se identificar contou por telefone que vários profissionais do Lourenço Jorge saíram correndo em direção à CER para ajudar os pacientes que estavam lá dentro. Não tinha ninguém ferido gravemente, segundo ela. Um socorrista de ambulância falou que o fogo começou por volta das 15h40 e em cerca de 10 minutos já tinha acabado com quase tudo. Ele participou do resgate dos pacientes que estavam no local.

 

Segundo profissionais da UPA, o local estava superlotado, com aproximadamente 300 pessoas. A prefeitura nega. Segundo eles, a ajuda de médicos, socorristas, maqueiros foi essencial para que conseguissem remover todas as pessoas com segurança até os bombeiros chegarem. Segundo os profissionais ouvidos, eles descartam a possibilidade de incêndio criminoso pois, segundo eles, o fogo teria começado na parte de cima da estrutura, possivelmente na parte elétrica do ar-condicionado.

 

Os profissionais não quiseram se identificar pois, segundo eles, estão sofrendo com ameaças de demissão da prefeitura. “Aqui está todo mundo com dois meses de salários atrasados, hospital sem manutenção. A tomografia do Lourenço Jorge ficou quebrada há mais de um ano, agora você imagina todo mundo que estava na UPA, superlotada, no hospital, que também está sem recursos? Isso é um absurdo”