Foto : Pedro França/Agência Senado

O indicado pelo presidente Jair Bolsonaro à PGR (Procuradoria Geral da República), subprocurador Augusto Aras, teve seu nome aprovado por 23 a 3 após a sabatina que durou cerca de 5 horas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Vencida essa etapa, o colegiado aprovou urgência para que o nome vá ao plenário ainda nesta quarta-feira feira (25).

Durante a sessão, Aras exaltou a Operação Lava Jato, mas ressaltou que é preciso correções no modelo utilizado. Ele também propôs ampliar este padrão de atuação para Estados e Municípios e disse que mais “cabeças brancas” na força-tarefa poderiam ter ajudado os processos. Até o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), compareceu à sabatina. Ele acompanhou as últimas horas da sessão.

O possível novo procurador-geral também falou do combate que pretende travar contra o corporativismo dentro do MPF (Ministério Público Federal). Disse que será independente e respeitará a harmonia entre os Poderes, mesmo sendo indicado fora da lista tríplice apresentada após votação na ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).

Sobre a Lava Jato, Aras cobrou o cumprimento do conceito da impessoalidade. Segundo ele, opiniões de magistrados deveriam ser dadas unicamente nos altos do processo porque, quando antecedem ou sucedem uma investigação, acabam por fazer uma condenação prévia dos envolvidos.

Aí que pessoas mais experientes ajudariam, inclusive na atuação do procurador Deltan Dellagnol, envolvido em uma série de vazamentos de conversas no âmbito da força-tarefa da Lava Jato, no que ficou conhecido como Vaza Jato.

“Em relação ao colega Deltan, não há de se desconhecer o grande trabalho que ele fez em busca de resultados que foram apresentados, mas talvez se tivesse lá alguma cabeça branca dissesse para ele e para os colegas jovens como ele que nós poderíamos ter feito tudo como ele fez, mas com menos holofote, com menos ribalta”, ponderou. Poder360