Indicado para comandar a Caixa Econômica Federal no governo de Jair Bolsonaro, Pedro Guimarães é sócio do banco de investimento Brasil Plural e especialista em processos de privatizações. Assessorou, por exemplo, a privatização do Banespa, antigo banco estadual do estado de São Paulo. Guimarães vai substituir Nelson de Souza na presidência do banco estatal. Tem 20 anos de experiência no mercado financeiro.

 

Ele é doutor em economia pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. Na tese, discutiu o processo de privatização no Brasil. No Brasil Plural, o economista coordenou operações de mercados de capitais e reestruturações de empresas. O banco foi fundado em 2009 e tem forte atuação nos setores imobiliário e petróleo e gás segundo informações do G1.

 

Guimarães é próximo de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. Os dois trabalharam juntos no banco BTG no período em Guedes foi sócio da instituição. Guimarães também é mais um nome de perfil liberal escolhido para a equipe econômica de Jair Bolsonaro. Além de Guimarães, foram definidos Joaquim Levy para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Roberto Campos Neto para comandar o Banco Central.

 

Já Roberto Castello Branco vai para chefiar a Petrobras; Mansueto Almeida para a secretaria do Tesouro Nacional e Rubem Novaes para o Banco do Brasil. No terceiro trimestre, a Caixa registrou lucro líquido de R$ 4,8 bilhões, resultado 122% maior que em igual período de 2017.

 

No acumulado no ano, o banco registrou lucro líquido recorde de R$ 11,5 bilhões, alta de 83,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 6,2 bilhões). Ao comentar o resultado, o atual presidente da Caixa, Nelson de Souza, disse que o banco não precisa de mais aportes e garantiu que a empresa não vai descumprir mais as exigências do setor bancário. Entre 2016 e 2017, a Caixa passou por restrições de capital.