A indústria farmacêutica solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que um grupo de 28 remédios receba a chancela de “isentos de prescrição médica”. Segundo o jornal O Globo, estão incluídas drogas para tratamento de herpes, alergias, inflamações, gastrite e esofagite. Para os fabricantes, a medida reduziria a demanda por serviços de saúde para doenças com tratamentos considerados simples.

“O consumidor terá um maior número de produtos para lidar com os sintomas de uma doença, o que gera ganhos para a sociedade. A cada R$ 1 gasto com esses medicamentos, há uma economia de R$ 7 no sistema de saúde e ao se evitar faltas no trabalho”, afirmou Marli Sileci, vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria dos Medicamentos Isentos de Prescrição (Abrimip).

Os dados são baseados em um estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA). Sileci ressaltou que a liberação das substâncias não é um estímulo à automedicação, já que é recomendado que o paciente procure um médico caso os sintomas permaneçam.

A Anvisa espera ter uma lista preliminar fechada até abril. Essa relação, então, será discutida com representantes das farmacêuticas e da sociedade civil. De acordo com Daniela Marreco, gerente geral de medicamentos da autarquia, a análise considera critérios como o tempo de comercialização da substância, histórico de efeitos adversos e potencial para causar vício.