O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é responsável por calcular a inflação oficial do Brasil, ficou em 0,43% em fevereiro deste ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o maior valor da inflação desde outubro do ano passado, quando o índice atingiu 0,45%. O número também está 0,11 ponto percentual (p.p) mais alto do que o registrado em janeiro, quando o IPCA marcou 0,32% .

Também houve aumento em relação ao acumulado nos últimos 12 meses. Em janeiro, o índice acumulado era de 3,78%, enquanto em fevereiro a soma desses meses resultou em 3,89% de inflação. Já o acumulado do ano ficou em 0,75%.

Mesmo com o avanço da inflação mostrado pelos dados do IBGE, o acumulado dos últimos 12 meses ainda está abaixo da meta de inflação estipulada pelo governo federal para 2019, que é de 4,25%, com um intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE , seis apresentaram aumento em fevereiro. Desses, os setores de alimentos e educação registraram as maiores altas, sendo os responsáveis por impulsionar a inflação no mês.

Influenciados pelos reajustes praticados nas matrículas e mensalidades no início do ano letivo, os gastos com educação cresceram 3,53% no período, impactando 0,17 p.p no índice geral do mês.

Enquanto isso, o setor de alimentos, que cresceu 0,78% em fevereiro, impactou 0,19 p.p para o aumento da inflação. Neste grupo, as principais altas nos preços foram do feijão-carioca (51,58%), da batata-inglesa (25,21%), hortaliças (12,13%) e do leite longa vida (2,41%).

Além desses grupos, também registraram inflação os setores de habitação (0,38%), artigos de residência (0,2%), saúde e cuidados pessoais (0,49%) e despesas pessoais (0,18%).

Enquanto isso, os gastos com comunicação permaneceram estáveis em relação a janeiro e vestuário e transportes apresentaram deflação (queda de preços) de 0,33% e 0,34%, respectivamente. Foto: Divulgação