O governo federal abriu na manhã desta quarta-feira (21), as incrições para o programa Mais Médicos. Estão sendo ofertadas 8.517 vagas para atuação em quase 3 mil municípios e 34 distritos indígenas. O salário é de R$ 11.800,00. Podem se candidatar às vagas os médicos brasileiros com CRM Brasil ou com diploma revalidado no país. As inscrições vão até o dia 25 deste mês e devem ser feitas por meio do site do programa.

 

O início das atividades está previsto para o dia 3 de dezembro. A medida emergencial do governo para preencher as vagas foi tomada após o anúncio da saída de Cuba do programa. Atualmente, cerca de 8,2 mil profissionais cubanos participam do Mais Médicos. Na terça (20), o Ministério da Saúde publicou no Diário da União o edital para adesão ao programa.

 

Durante na manhã desta quarta-feira, o site para a inscrição de profissionais interessados em fazer parte do programa Mais Médicos ficou fora do ar. Procurado, o Ministério da Saúde, responsável pelo programa, informou que as insrições “seguem ativas” e que o sistema “tem registrado picos”, o que pode levar a “dificuldades de acesso” segundo o G1. De acordo com o órgão, foram registradas duas mil inscrições “nas primeiras horas do dia”.

 

O programa Mais Médicos foi criado pelo governo federal em 2013, para ampliar assistência médica em regiões com carência de profissionais. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 distritos indígenas, e oferece assistência para mais de 63 milhões de brasileiros. Até 2016, 11.400 médicos de Cuba trabalhavam no Mais Médicos, segundo o Ministério da Saúde.

 

Atualmente são 8.332 profissionais cubanos em atividade. Na semana passada, o governo cubano anunciou que deixaria o Mais Médicos e citou “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro em relação à presença dos médicos cubanos no Brasil.

 

Segundo o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com a saída dos profissionais cubanos do Mais Médicos, cerca de 600 municípios brasileiros podem ficar sem nenhum médico da rede pública a partir do dia 25 de dezembro. Na semana passada, Bolsonaro disse que os profissionais cubanos que quisessem permanecer no país teriam o asilo concedido.