O presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, Fábio Tofic Simantob, afirmou que as autoridades “precisam dar explicações” sobre os mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, responsável pela defesa de Adélio Bispo, que esfaqueou Jair Bolsonaro em Minas Gerais. De acordo com a lei brasileira, os defensores estão protegidos pelo sigilo profissional.

 

“Saber quem está pagando os honorários não é pretexto, muito menos motivo para o mandado”, disse Fábio Tofic Simantob em entrevista à colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. “O simples fato de ele advogar para alguém não permite que se invada a esfera privada para apurar elementos que possam incriminar o cliente”, completou Fábio Tofic.

 

A Polícia Federal cumpriu nesta última sexta-feira (21), dois mandados de busca e apreensão no escritório e em uma empresa do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, responsável pela defesa de Adélio Bispo. Adélio Bispo esfaqueou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em setembro deste ano, quando o capitão reformado na época era candidato ao Palácio do Planalto. A ação visu identificar quem estaria financiando a defesa do agressor.