Agência Brasil

A cúpula da CPI da Covid-19 planeja se encontrar com o procurador-geral da República, Augusto Aras, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já na próxima quarta-feira (27), após a votação do relatório final da comissão. Em coletiva de imprensa, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), enfatizou que a agenda ainda não está confirmada.

Nesta quarta-feira (20), o relator Renan Calheiros (MDB-AL) fez a leitura do documento final que pede o indiciamento de Jair Bolsonaro, de duas empresas e de outras 65 pessoas em um total de 24 crimes. Por conta do foro, se aprovado o relatório, os pedidos de indiciamento de Jair Bolsonaro devem ser encaminhados para a Procuradoria-Geral da República. Portanto, o encontro com o procurador-geral da República, Augusto Aras, marcará a entrega dos crimes comuns imputados pela CPI.

Já o encontro com Lira teria como objetivo reforçar a denúncia de eventual crime de responsabilidade cometido por Bolsonaro, que pode ou não resultar em processo de abertura de impeachment. Medida essa que só pode ser aberta pela Câmara por decisão unilateral do presidente da Casa. Para Randolfe, “qualquer autoridade que receber este relatório terá uma dificuldade imensa de arquivá-lo”. “Aqueles que tiverem pretensão de arquivar este relatório terão uma enorme dificuldade do ponto de vista técnico, político e jurídico”, enfatizou.