Onyx Lorenzoni já foi anunciado como futuro ministro-chefe da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Acontece que o presidente eleito avalia, agora, transferir parte das atribuições da pasta para seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). A ideia seria liberar Lorenzoni para liderar a articulação política com o Congresso – já que a Secretaria de Governo, que desempenha esse papel atualmente, será extinta.

 

Depois de provocar divergências na campanha eleitoral por afirmações polêmicas, General Mourão agora aparece como um dos aliados de mais confiança de Bolsonaro segundo informações do Estadão Conteúdo. Apenas nas duas últimas semanas, o presidente eleito delegou ao seu vice missões em várias áreas que vão da comunicação a economia e transporte.

 

Uma das mais importantes foi a visita à sede da Petrobrás para “tomar pé da situação da empresa” e repassar um diagnóstico. Ele conheceu ainda a empresa de comunicação digital que atende o governo Temer e cujo contrato está em vigor, podendo ser estendido, e participou de um encontro com figurões do mercado financeiro. Durante a campanha, no entanto, o general protagonizou polêmicas e chegou a ser repreendido pelo próprio Bolsonaro.

 

Em eventos e entrevistas, chamou o 13.º salário de “jabuticaba”, falou que a Constituição “não precisa ser feita por eleitos pelo povo” e citou a possibilidade de “autogolpe” com apoio das Forças Armadas. O presidente eleito criticou essas e outras falas, alegando que o vice ainda “não tem vivência política” e acabou “dando uma canelada”.