Durante a cerimômia de posse na Presidência da República nesta terça (1º), Jair Bolsonaro resolveu desfilar em carro aberto no trajeto da Catedral ao Congresso. O veículo que conduziu o presidente eleito e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é um Rolls Royce modelo Silver Wraith conversível que pertence à Presidência. Um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, acompanhou o casal no veículo.

 

Desde os primeiros preparativos para a cerimônia de posse, o desfile em carro aberto era uma dúvida. O futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, chegou a falar em “temeridade” devido ao atentado a faca que Bolsonaro sofreu em setembro, durante a campanha, em Juiz de Fora. Bolsonaro deixou a Granja do Torto pouco depois das 14h20.

 

Ele seguiu em direção à Esplanada dos Ministérios para os eventos da cerimônia de posse segundo o G1. Chegou à Catedral de Brasília, ponto inicial do cortejo, as 14h43. O rolls royce percorreu parte da Esplanada até o Congresso. Durante o trajeto, Bolsonaro e Michelle acenaram para o público acomodado no gramado central da Esplanada. Bolsonaro chegou as 15h à mesa do Plenário da Câmara onde assinou termo de posse e discursou.

 

De lá, o cortejo seguiu para o Palácio do Planalto e depois para o Itamaraty. Durante o trajeto, cavalos montados pelos Drágões da Indendência que guiavam o cortejo se chocaram e quase avançaram sobre o carro que levava Bolsonaro. O veículo, adquirido pela Presidência, foi transportado de Londres ao Rio de Janeiro em 1953, para ser entregue ao ex-presidente Getúlio Vargas.

 

O carro tem capacidade para transportar até 7 passageiros, pesa 2,5 toneladas e tem 5,65 metros de comprimento. Desde que chegou ao Brasil, o Rolls Royce foi utilizado durante os desfiles de 7 de setembro, além de outras datas comemorativas, como as cerimônias de posse.

 

O primeiro chefe de Estado a usá-lo oficialmente foi Getúlio Vargas, durante uma cerimônia comemorativa do Dia do Trabalho. De acordo com informações da Presidência, em 1960, o veículo fez sua mais longa viagem, levando o então presidente Juscelino Kubitschek do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, até Brasília. O carro fica na garagem da Presidência e passa por manutenção uma vez por semana, por aproximadamente 20 minutos.