O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ontem (13), que deve manter a gestão do ensino superior no Ministério da Educação. Havia possibilidade de o ensino superior ficar sob a gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia, para o qual já foi indicado o astronauta, Marcos Pontes. Bolsonaro deu a declaração antes de encontro com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Batista Brito Pereira.

 

É a segunda vez que Bolsonaro retorna à capital depois de eleito. Ele foi questionado sobre o destino do ensino superior em seu governo, se manteria a área no MEC ou se a colocaria na alçada da pasta da Ciência e Tecnologia. “A princípio vai ser mantido no Ministério da Educação”, respondeu. Bolsonaro chegou a Brasília nesta última terça-feira.

 

Durante a manhã, ele despachou com assessores e futuros ministros no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde está funcionando o governo de transição. No início da tarde, ele esteve com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber. Assim que chegou a Brasília, Bolsonaro anunciou, por meio de publicação no Twitter, a indicação do general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva para assumir o Ministério da Defesa.

 

Mais tarde, em conversa com jornalistas, ele comentou a indicação. O presidente eleito afirmou que propôs para a Marinha que um almirante comandasse a pasta, porém o militar escolhido declinou por “questões familiares”. O nome do almirante não foi revelado.

 

Bolsonaro declarou que o general Azevedo e Silva “tem uma vida pregressa de serviços excepcionais”, com passagem pela missão de paz da ONU no Haiti, experiências em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e na chefia do Estado-Maior do Exército.

 

Bolsonaro negou que a escolha tenha sido uma “sugestão” do presidente do STF, Dias Toffoli, a quem o general assessora atualmente. “Fiz até uma brincadeira, se me permitem, quando ele (general Azevedo e Silva) fez estágio com o Toffoli, daí ele voltou para nós”, afirmou.