Em entrevista à revista Marie Claire, publicada nesta segunda-feira (15), a deputada estadual pelo PSL e uma das autoras do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, Janaina Paschoal, afirmou que escreveria ouro pedido de impeachment. “Espero que não seja preciso, mas se for, a conversa é outra”, afirmou.

“Ai, é tão desgastante. Mas acho difícil dizer não, sabe? Espero que não seja preciso, mas se for, a conversa é outra. O que te digo com tranquilidade é: adoraria que isso nunca mais fosse necessário. A gente quer que os governos deem certo.”

Em dezembro, a deputada afirmou, sobre a sua relação com o governo Bolsonaro, que “Se andar bem, sou aliada. Se andar mal, sou inimiga”, ao chegar para a solenidade de diplomação de políticos paulistas eleitos em outubro.

Janaína declarou, ainda, que terá a mesma postura em relação a João Doria (PSDB), futuro governador de São Paulo, de acordo com informações do Estado de S.Paulo.

No mesmo mês, ela já havia defendido uma investigação a respeito da movimentação atípica na conta do ex-assessor do senador eleito e filho do presidente, Flávio Bolsonaro.

“Tem que ser investigado. Todos”, disse a jurista, que também é professora de Direito Penal na USP. “Vamos apurar e o que tiver de ser será. Não é isso que o presidente sempre fala? Que não temos que ter medo da verdade? Seja ela qual for”, disse.

Em janeiro, em plena crise que envolveu o assessor de Flávio Bolsonaro que, de acordo com o Coaf, realizou pagamento de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa Econômica Federal, a deputada pediu a quebra do sigilo do filho do presidente. (Revista Fórum) Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado