Foto: Alessandro Dantas/ Divulgação

O senador Jaques Wagner (PT) confirmou que quer anunciar em janeiro do próximo ano a chapa para disputar o governo da Bahia. À Tribuna, o petista ressaltou, entretanto, que “ainda não fixamos data” para divulgar os nomes que vão compor a majoritária governista.  Nesta semana, Wagner disse que pretende realizar um ato político para anunciar a chapa governista, e ironizou o evento em que o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) confirmou sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina.

“Não sei se (farei um evento) do mesmo modo (de ACM Neto), porque, na verdade, ele fez uma espécie de show, com todo o aparato que ele tem. Eu não sei se é muito isso que interessa ao povo, mas seguramente faremos um ato político de lançamento na hora que tivermos com a chapa toda batida martelo. Ele também fez um show sem a chapa dele completa. Não tem chapa. Só tem ele, eu prefiro fazer quando tiver a chapa. A chapa só existe quando ela está completa. Eu acho que a gente consegue bater esse martelo em janeiro”, declarou o senador.

Wagner ainda se mostrou a favor do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB, que deve deixar o ninho tucano), integrar a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como postulante a vice-presidente. “Não sou eu que defendo. Eu reconheço o nome dele como nome de um político importante, que tem uma história de serviço prestado a São Paulo, sempre esteve na nossa oposição, como PSDB, mas eu não acho que por ser oposição seja impossível de se conversar. Então, não se bateu o martelo e vamos ver como é que isso se desenrola”, pontuou.

O senador também justificou a decisão de votar a favor da PEC dos Precatórios, que permitirá o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família. “O que motivou a decisão foi que melhorou muito o texto que veio da Câmara (dos Deputados). Tiramos do calote a área toda do Fundeb, da Educação, tiramos o calote a questão dos precatórios alimentares, os precatórios preferenciais, os precatórios de até R$ 60 mil. Transformamos em definitivo o auxílio, ou seja, que é uma tese nossa de muito tempo, a chamada renda mínima. E, portanto, o texto é totalmente diferente”, afirmou.

“Óbvio que esse programa (Auxílio Brasil), na minha opinião, está muito mal montado. Está desprezando o cadastro único, que é um cadastro social reconhecido fora do Brasil. O próprio Bolsa Família (…) foi aquele sucesso e montaram um negócio (o Auxílio Brasil) para um ano. A gente conseguiu tirar de um ano para ficar perene”, acrescentou. Tribuna da Bahia