Um vereador da cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, que é suspeito de matar um adolescente de 17 anos, no município, será julgado nos próximos dias, mais de uma década após o crime.

Gilvan Souza Santana, mais conhecido como Soldado Gilvan (PPS), de 42 anos, é policial militar e, segundo denúncia do Ministério Público (MP-BA), matou a vítima em uma ação policial, quando ainda atuava na corporação. Atualmente, ele está de licença por conta do cargo público.

O crime ocorreu no dia 6 de abril de 2008. Conforme o MP, a ação começou após uma briga envolvendo a vítima, os amigos e um grupo rival. A situação ocorreu em um bar da cidade e, após a chegada de policiais, os envolvidos teriam corrido do local, incluindo o adolescente.

De acordo com a denúncia, o garoto, identificado como Bismarques Ribeiro Oliveira, estava desarmado e teria se escondido em uma casa, na região, na tentativa de fugir da abordagem. Mas foi encontrado pelo policial militar.

No imóvel, segundo o MP, o adolescente foi rendido por Gilvan, que, mesmo após a vítima ter se entregado, teria atirado três vezes contra o garoto. Bismarques Ribeiro morreu no local.

Conforme a denúncia, após a ação, o policial ainda teria tentado implantar uma arma na cena do crime, para fazer parecer que a vítima estava armada.

De acordo com o Ministério Público, a versão é confrontada por testemunhas. No entanto, Gilvan aguarda julgamento em liberdade e foi eleito vereador da cidade.

O júri do suspeito foi marcado para o dia 13 de agosto deste ano. No entanto, na segunda-feira (20), a Justiça publicou no Diário de Justiça Eletrônico um despacho pedindo a antecipação da audiência. A data ainda não foi definida.

Greve da Polícia Militar

Além do caso de homicídio, o vereador Gilvan Souza Santana é apontado como um dos envolvidos em diversos crimes contra a segurança nacional praticados durante a greve da Polícia Militar, ocorrida entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro de 2012, na Bahia.

Em 2013, ele e outros sete PMs, entre soldados e cabos, chegaram a ser denunciados pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF- BA), por conta das ações. G1