Foto: Sandra Travassos/ALBA

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta segunda-feira (20) que buscará entender os motivos que levaram deputados de sua base a esvaziar recentes sessões para apreciação de projetos do Executivo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

“Eu acompanhei, da Europa, todas as votações, foram todas negociadas. O meu líder, Rosemberg Pinto, soube conduzir quando houve movimento de alguma ausência. Então toda ausência tem sua justificativa, e eu quero entender da minha base o que é que aconteceu para a gente poder tratar e enfrentar e dar respostas”, disse Jerônimo ao ser questionado pelo bahia.ba em uma agenda pela manhã no Parque de Exposições de Salvador.

Segundo o bahia.ba apurou, o movimento foi encabeçado por parlamentares insatisfeitos com o atendimento dispensado a algumas secretarias estaduais sob influência do grupo. Os deputados reivindicam um tratamento de “igual para igual” nas pastas, o que não vem acontecendo, de acordo com interlocutores do Palácio de Ondina.

“Eu sei que o movimento entre a Assembleia e o Executivo terá sempre movimentos assim pela autonomia dos Poderes. Eu volto a agradecer tanto ao líder e à direção da Casa, mas também aos deputados, inclusive deputados da oposição que votaram, por exemplo, no caso do ‘Bahia Pela Paz’. A maioria votou. Eu entendo muito bem isso, vou tratar isso. São sinais… onde tem fumaça, tem fogo, e eu tenho que cuidar disso”, acrescentou o governador.

O quórum reduzido na Alba quase resultou no adiamento da votação do programa ‘Bahia pela Paz’, vitrine do governo na área de segurança. Parado há dois meses na Casa, o texto só foi a plenário graças a um acordo de última hora entre os líderes partidários na terça-feira (14).

Um dia depois, os parlamentares aprovaram a urgência para a votação do pedido de empréstimo de R$ 2 bilhões ao governo baiano, a contragosto da bancada de oposição, liderada por Alan Sanches (União Brasil), orientada a votar contra o texto, sob pena de perda do fundo eleitoral e desfiliação do partido. A expectativa é que o pedido seja apreciado nesta semana —a depender de um novo acordo de líderes. Bahia.Ba