Foto: TV Anhanguera

Réu por abusos sexuais, João de Deus foi interrogado nesta terça-feira (2), no Fórum de Abadiânia, e segundo o advogado do preso, Alberto Toron, o cliente foi questionado referente à primeira denúncia, que tem quatro vítimas, e se declarou inocente. Essa foi a 1ª vez que ele falou ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Preso desde dezembro de 2018, ele sempre negou os crimes sexuais.

“Ele se lembrou apenas de uma das mulheres e disse que não cometeu nenhum abuso”, afirmou Toron. O interrogatório de João de Deus começou por volta de 12h e teve duas horas de duração. O advogado disse ainda que a defesa não descarta a possibilidade de pedir uma acareação entre o réu e as vítimas. “É algo que pode ser pedido e está no nosso horizonte”, disse.

Ainda de acordo com o advogado de João de Deus, foram ouvidas duas testemunhas. A primeira foi uma neuropsicóloga chamada pelo Ministério Público para explicar o comportamento de vítimas de abuso e falar porque elas demoram a denunciar. A defesa chamou uma psicóloga que falou sobre o funcionamento da casa, o comportamento do réu com as pessoas que trabalhavam lá e com as que eram atendidas.

Um grupo com cerca de 30 pessoas ficou em frente ao Fórum durante a audiência. Eles usavam branco, seguravam flores e cartazes em apoio a João de Deus e com declarações à Casa Dom Inácio de Loyola, onde o réu fazia os atendimentos espirituais. Em uma das faixas, os apoiadores escreveram: “Não deixe que as pedras em seu caminho te afastem da sua missão”.

Outra dizia: “Deus está contigo”. Por volta de 15h15 os carros do Grupo de Escolta Prisional (GEP) que estavam dentro do Fórum saíram em direção a Aparecida de Goiânia, onde o réu fica preso no Núcleo de Custódia. Apoiadores do preso gritavam, acompanhando a saída, palavras de apoio a João de Deus, como: “Acreditamos na sua inocência”. G1