EC Bahia

Contratação mais recente feita pelo Bahia, anunciada na semana passada, o meia Lucas Mugni foi apresentado na manhã desta quinta-feira, no CT Evaristo de Macedo, e falou pela primeira vez como jogador tricolor. Contratado para repor a saída do meia Thaciano, negociado pelo Grêmio para o futebol turco, o argentino assinou contrato até o fim de 2022. Logo de cara, Mugni falou sobre os bastidores da negociação que o levou ao Bahia. Pouco antes do acerto, ele estava com negócio encaminhado com a Chapecoense, mas alguns entraves impediram que o martelo fosse batido. Foi aí que o Tricolor entrou na jogada, e ele se decidiu rapidamente.

– A verdade é que estava bem encaminhado [com a Chape]. Eu e minha família queríamos voltar ao Brasil, que é um país que gostamos. Tinha o problema da fronteira fechada, não tinha voo. Tentei entrar no Brasil de carro, não podia. Teve um monte de problemas. Lucas [Drubscky] me ligou, decidi rapidamente que viria para cá. Com muito respeito, liguei para o treinador da Chapecoense, o Jair, com quem trabalhei, e contei a verdade. Era uma oportunidade muito boa, estou muito feliz de estar aqui, por isso me decidi em vir para cá – afirmou. O “sim” ao Bahia não foi difícil para Lucas Mugni, que tem acompanhado o crescimento do clube, afinal ele atuou pelo Sport na temporada passada.

– O Bahia, acho, hoje é uma realidade. Convido para todo mundo vir ver o CT, as condições que oferece, a situação da tabela, o título da Copa do Nordeste. Isso é bom para o jogador. Sempre tento melhorar na minha carreira. O Bahia está no mesmo caminho. Se juntou com o que eu queria da minha vida e o que está acontecendo com o Bahia. É um passo muito bom para mim – contou o argentino.

É um desafio. Vou mostrar meu estilo em campo, mas sei ver o que o time está precisando, no que posso ajudar. Vai ser um desafio e estou pronto – afirmou Mugni. O Lucas Mugni que o torcedor do Bahia verá em campo é diferente daquele que iniciou a carreira na argentina e depois foi contratado pelo Flamengo, que jogava mais avançado, como um camisa 10. Questionado sobre o assunto, ele afirmou que, hoje, se considera um jogador que exerce a função de meio-campo muito mais completo.

– Foi determinante como estava indo o futebol. Estava acabando aquele meia, que agora apareceu de novo. Se puxar alguns anos, ninguém jogava mais com aquele meia. Foi uma escolha minha. Ou muda para jogar ou se apega a posição. Isso foi determinante. No clube em que estava eu dizia que jogava onde o treinador precisasse. Assistia aos jogos para ver onde precisava melhorar, evolui muito em defesa, na marcação. Me tornei um jogador de meio-campo. Acho que sou mais completo ainda.

Gosto de ser o terceiro volante. Até com dois, sendo o segundo volante. Gosto dessa posição. Jogo por fora, mas gosto de voltar para a marcação, ser opção de passe e chegar com espaço na frente. Virei esse jogador. Sei que posso ajudar o time. Natural de Santa Fé, Mugni surgiu no Colón e, em 2014, foi comprado pelo Flamengo. Pela equipe do Rio de Janeiro, disputou 46 jogos, com cinco gols marcados.

Em 2015, Mugni voltou para a Argentina para defender o Newell´s Old Boys. Depois passou por Rayo Majadahonda, na Terceira Divisão espanhola; Everton, do Chile; Lanús, da Argentina; e Oriente Petrolero, da Bolívia. No ano passado, retornou ao Brasil para atuar com a camisa do Sport. Em 38 jogos, balançou as redes duas vezes. Globoesporte