Foto: Gabriel Pinheiro/ Ascom Secti

As estudantes baianas Ana Clara Cerqueira, Evelyn Rodrigues, naturais de Salvador e Rayka Ravena, de Jacobina, no norte do estado, desenvolveram uma pulseira localizadora para pessoas neurodivergentes e idosas. O projeto usa recursos tecnológicos reaproveitados, o que reduz o que valor de produção e o torna financeiramente viável.

As jovens estão no primeiro ano do ensino médio, têm entre 15 e 16 anos e são orientadas pelo professor Anderson Reis, do Centro Estadual de Educação Profissional em Tecnologia de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. Segundo Evelyn, a ideia surgiu a partir da convivência delas com uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Temos um colega com autismo que anda de bicicleta por 40 minutos para chegar na escola. Os pais, por conta do trabalho, não podem levar ele e sempre precisam ligar para a escola para saber se ele chegou bem. Por isso, pensamos em usar a tecnologia para melhorar a vida dessas pessoas “, contou Evelyn.

“Queremos ajudar as pessoas que não têm tanto poder econômico, que não têm condições de ter um relógio que já vem com essa função localizadora, como o smartwatch. Esses aparelhos são caros, por isso, fizemos um protótipo mais barato”, explicou Ana Clara.

Ainda segundo a estudante, o projeto foi totalmente pensado para ser acessível, não somente no aspecto financeiro, já que parte dos recursos tecnológicos do processador que gera e armazena informações são reciclados.

As criadoras adaptaram o tamanho das letras e usaram cores suaves no layout das plataformas, para aumentar a adesão entre pessoas neurodivergentes. Além disso, a pulseira é feita de crochê, evitando alergias ao plástico e deixando o uso mais confortável. G1