Os jovens Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian da Silva imobilizaram o jogador Daniel para Edison Brittes Júnior esfaquear e mutilar o atleta, de acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná nesta última terça-feira (27). Segundo a denúncia, ao chegar no local onde o corpo dele foi achado, os três jovens desceram do carro e espancaram Daniel, morto em outurbro deste ano.

 

Na sequência, Edison Brittes desceu do carro e “decapitou parcialmente a vítima tendo contado com a imobilização” de Eduardo, Ygor e David segundo informações do G1. De acordo a denúncia do Ministério Público, “nas mesmas condições” e “contando sempre com o apoio e adesão dos demais presentes”, Edison Brittes mutilou Daniel, que teve o pênis amputado.

 

Daniel foi encontrado morto após a festa de aniversário de Allana Brittes. Os quatro foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor. Além deles, Cristiana Brittes também foi denunciada por homicídio, segundo a denúncia, por ter “orientado-os a prosseguirem com o justiçamento do jogador” fora da casa.

 

De acordo com depoimentos de testemunhas prestados à polícia, Cristiana disse para não deixarem Edison Brittes matar o jogador dentro da casa da família. Outras duas pessoas foram denunciadas pelo MP: Allana Brittes, por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente; e Evellyn Brisola Perusso, por denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.

 

A denúncia aponta que Daniel foi flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana Brittes, esposa de Edison, tirando fotos ao lado dela. Segundo o MP, Daniel foi espancado ainda dentro do quarto e levado colocado no porta-malas do carro de Edison Brittes para ser executado.

 

Segundo o promotor do MP João Milton Salles, porque havia uma pessoa menor de idade “naquela festividade e naquele ambiente” e que essa pessoa foi cooptada para ajudar a limpar a casa para alterar a cena do crime, que na denúncia foi considerada como fraude processual.

 

A sequência dos fatos e o que ainda não está claro sobre o crime Dos sete denunciados, apenas Evelyn Perusso não está presa. Ela ficou com o jogador Daniel durante a festa na casa noturna. O promotor Milton Salles disse que não pretende pedir a prisão dela.