Foto: Agência Brasil

O primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado nesta quinta-feira (11) em Juazeiro, na Bahia. A Secretaria de Saúde (Sesau) informou que o caso foi notificado no dia 4, mas o resultado do exame só ficou pronto hoje.

O paciente é um homem de 32 anos, que apresenta sintomas leves e faz isolamento domiciliar. Ele tinha histórico de viagens para Minas Gerais e Maranhão.

A Vigilância Epidemiológica orientou pessoas que tiveram contato com o paciente em relação às medidas de proteção.

Um segundo caso notificado como suspeito ainda aguarda a conclusão dos exames, segundo informou a Sesau.

Transmissão acontece entre humanos
A transmissão da varíola dos macacos, apesar do nome, atualmente acontece de humano para humano, principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.

Nesta terça, a OMS lamentou que macacos estejam sendo mortos e atacados por conta da ignorância das pessoas e reforçou que os surtos atuais acontecem pela transmissão entre humanos. “As pessoas têm que saber que a transmissão que estamos vendo agora acontece entre humanos”, destacou a porta-voz da OMS, Margaret Harris, em coletiva de imprensa em Genebra.

Veja como identificar a varíola do macaco
Sintomas comuns –
 Nos primeiros dias de manifestação é comum ter dor de cabeça, dor abdominal e febre. Ao longo da contaminação, o cenário evolui para erupção cutânea.

Duas etapas –  a Infectologista da SMS de Salvador, Adielma Nizarala, explica que os sintomas do vírus se dão em duas fases. Antes, ainda há um período de incubação de 6 a 13 dias, em média, podendo chegar a 21 dias sem sintomas. Após a encubação, começam a aparecer os sintomas virais, como febre, dor abdominal e dor de cabeça. Tosse e dor de garganta surgem com menos frequência. Depois de cinco dias da apresentação dos sintomas virais, começam as apresentações mais características da doença: é quando as erupções cutâneas sobressaem como manchas vermelhas e depois ganham sobrelevação, criando vesícula com líquido que pode romper ou secar e, por fim, desaparecer.

Cuidado com as bolhas – A médica Adielma Nizarala salienta que dentro das vesículas existe grande quantidade do vírus, por isso, é importante não ter contato pele a pele com a pessoa contaminada até a ferida sarar, para evitar a propagação da varíola. Correio da Bahia