O julgamento de um recurso apresentado pela promotoria pode retardar o direito à progressão de pena do goleiro Bruno, preso em Varginha (MG) desde abril de 2017. O documento contesta o tempo de trabalho apresentado pelos atestados da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia.

 

A audiência está marcada para esta próxima quarta-feira (24) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte (MG). De acordo com o advogado Fábio Gama, que representa o goleiro Bruno, o recurso questiona cerca de 40 dias de trabalho contabilizados no atestato segundo informações do G1.

 

Bruno foi preso em 2010 e condenado pela morte de Eliza Samúdio e pelo cárcere do filho. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta. Para conseguir o direito à progressão de pena para o regime semiaberto, Bruno precisa ter cumprido: 2/5 da pena por homícidio triplamente qualificado (17 anos e 6 meses): 7 anos 1/6 da pena por sequestro sequestro e cárcere privado do filho Bruninho (3 anos e 3 meses).

 

6 meses e 15 dias total: 7 anos, 6 meses e 15 dias Bruno esteve preso em Contagem e Santa Luzia entre julho de 2010 e fevereiro de 2017, somando 6 anos, 7 meses e 17 dias.  Em Varginha, está preso desde abril, somando mais 8 meses e 25 dias de reclusão.

 

Ou seja, ao todo, o goleiro tem 7 anos, 4 meses e 12 dias de pena cumpridos. Esse tempo, somado aos cerca de 600 dias que Bruno tem de remissão devido ao tempo trabalhado enquanto está preso, conforme a defesa, dariam ao jogador o direito imediato à progressão de pena – independentemente do recursos apresentado pela promotoria.

 

“Pelas contas nossas, ele já tem direito e já faz tempo, porque tem muita remissão. São mais de 500 dias de remissão do tempo em que ele ficou na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia. Mais as remissões que têm agora em Varginha, do Nucap. Mesmo antes dele trabalhar agora no Nucap, nos já havíamos pedido a progressão dele com base somente nas remissões de Santa Luzia, porque nós entendíamos que já dava o tempo”, afirma o advogado Fábio Gama.