O juiz Liciomar Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), decretou a prisão do médium João de Deus, agora por posse ilegal de armas de fogo. Operações em endereços ligados ao médium apreenderam seis armas, além de mais de R$ 400 mil, pedras preciosas e medicamentos. A reportagem do G1, o advogado Alberto Toron disse desconhecer o novo decreto de prisão, mas criticou a decisão.

 

O médium já cumpre prisão desde domingo (16) no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, devido a denúncias de abuso sexual durante tratamento espiritual. Ele sempre negou as acusações. O MP informou que recebeu 596 contatos por e-mail e já identificou 255 vítimas. O novo pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Goiás.

 

“Já foi decretada nova prisão dele pelas armas. Manifestamos ontem e já foi decretada. Encontramos armas de uso permitido e de uso restrito. Esse crime pode levar a pena de 3 a 6 anos”, disse o promotor Luciano Meireles. Segundo ele, a posse de armas de uso restrito configura crime hediondo. A defesa de João de Deus já teve dois pedidos de habeas corpus negados — no Tribunal de Justiça de Góais e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

Nesta quarta (19), Toron protocolou novo pedido no Supremo, mas ainda não obteve resposta. De acordo com a assessoria do TJ, ainda que a liberdade seja concedida, João de Deus não pode ser solto por haver um novo decreto de prisão contra ele. Em sua decisão, o juiz cita a “suspeita da existência de outras armas escondidas em várias de suas [de João de Deus] propriedades”.

 

“A manutenção da segregação cautelar é necessária para a garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta do crime, em face da grande quantidade de armas e munições que o investigado mantinha em sua posse”, disse.

1 pistola calibre 380;
1 pistola de pressão;
1 revólver calibre 38;
1 garrucha calibre 22;
2 revólveres calibre 22;
32 munições calibre 38;
11 munições calibre 380;
11 munições calibre 22