A juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, marcou para sexta-feira (15), às 15h, depoimento do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) na ação em que ele é réu por improbidade administrativa.

Em 2016, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusou Geddel de pressioná-lo a liberar uma obra em Salvador (BA) embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura.

Na ocasião, Calero pediu demissão, e a polêmica em torno do assunto também levou Geddel a deixar o cargo.

Processo

A ação em julgamento foi apresentada pelo Ministério Público Federal. Para o órgão, houve pressão por parte de Geddel sobre Calero para que o Iphan liberasse a obra em Salvador.

De acordo com o MPF, Geddel comprou um apartamento em um prédio cujo projeto inicial não havia sido aprovado pelo órgão por extrapolar a altura permitida.

Segundo o Ministério Público, Geddel fez diversos contatos (telefônicos e pessoais), ameaçando “pedir a cabeça” do presidente do Iphan.

Depoimento

Na decisão que marcou a data do depoimento, a juíza pede que a Polícia Federal (PF) providencie a escolta de Geddel até a Justiça Federal. Atualmente, Geddel cumpre pena de prisão no presídio da Papuda, em Brasília.

Geddel está preso desde setembro de 2017. Ele é réu no Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador.

Também devem prestar depoimento o ex-presidente Michel Temer e os ex-ministros Eliseu Padilha e Gustavo Vale Rocha, como testemunhas de Geddel. O ex-ministro Marcelo Calero pode prestar depoimento como testemunha do MPF segundo informações do G1. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil