EC Bahia

Pela terceira partida consecutiva no Campeonato Brasileiro, o Bahia não terá Douglas no gol. Contra o Flamengo, quarta-feira (2), às 20h30, no estádio de Pituaçu, Anderson vai ganhar mais uma oportunidade na equipe titular.

O motivo que tirou Douglas desse e dos últimos jogos é o mesmo que tem acompanhado o goleiro durante a passagem pelo Esquadrão: as lesões. Após sofrer estiramento muscular na coxa durante o empate por 1×1 com o São Paulo, pela 4ª rodada, o camisa 1 está em recuperação e não tem previsão para retorno aos gramados.

“Douglas sentiu uma nova fisgada na musculatura posterior da coxa esquerda e a ressonância constatou um novo estiramento muscular. O atleta está tratando na fisioterapia, realizando atividades leves, mas sem previsão de retorno”, explicou Rodrigo Daniel, médico do Bahia. Essa não é a primeira vez que Douglas desfalca o time na temporada por estar machucado.

Pouco antes do retorno das competições durante a pandemia do novo coronavírus, o goleiro sofreu estiramento na mesma região e ficou fora de nove partidas entre Copa do Nordeste e Campeonato Baiano. Voltou a atuar nas duas partidas da final do estadual, contra o Atlético de Alagoinhas, e pegou o pênalti que garantiu o tricampeonato baiano. Foram cinco jogos até se machucar outra vez.

As lesões têm sido uma companhia constante. Desde que chegou ao Bahia, no início da temporada 2018, Douglas não esteve disponível por problemas médicos em 40 partidas. A conta inclui os jogos realizados até o empate contra o Palmeiras, por 1×1, na rodada passada do Brasileirão, e representa 23% dos 172 jogos que o time principal disputou no período – exclui os confrontos em que o elenco de aspirantes entrou em campo.

Até aqui, a sequência mais longa fora do time aconteceu em 2018, no primeiro ano pelo clube. Durante partida contra o Corinthians, pelo Brasileirão, Douglas sofreu uma luxação no ombro e desfalcou a equipe por 14 jogos. Em toda a temporada foram 19 partidas afastado por problemas médicos.

No ano passado, as lesões voltaram a atrapalhar. O goleiro levou uma pancada na costela durante o jogo de ida da semifinal do Baianão, contra o Atlético de Alagoinhas, e perdeu uma sequência de 10 partidas, voltando ao time contra o Botafogo, já pelo Campeonato Brasileiro.

Nos períodos em que esteve em recuperação, Douglas ficou fora de momentos decisivos para o Bahia. Em 2018, por exemplo, ele desfalcou a equipe na final da Copa do Nordeste, em que o tricolor perdeu o título para o Sampaio Corrêa. O mesmo aconteceu na conquista do Baianão do ano passado, sobre o Bahia de Feira, e nas derrotas para o Ceará, este ano, em mais uma decisão do Nordestão.

A vez de Anderson
Obviamente, quem mais tem se beneficiado dos momentos em que Douglas não está disponível é Anderson. No clube desde 2016, o goleiro de 36 anos foi alçado à condição de reserva imediato em 2017, quando Jean voltou a ser o titular após a saída de Muriel. O veterano seguiu como segunda opção após a chegada de Douglas, no ano seguinte.

De 2018 para cá, Anderson foi titular em 52 jogos. Apenas na atual temporada a escolha pelo camisa 33 aconteceu por opção técnica. Em fevereiro, após falhar na eliminação para o River, na primeira fase da Copa do Brasil, e no clássico contra o Vitória – derrota por 2×0 pela Copa do Nordeste -, Douglas acabou indo para o banco. No início do Brasileirão, no entanto, o camisa 1 recuperou a posição. Além de Anderson e Douglas, o elenco conta com os goleiros Mateus Claus, que tem ficado como opção no banco de reservas, e Matheus Teixeira. Correio da Bahia