O MBL da Bahia fechou questão em não participar do ato pró-Bolsonaro que acontece no Farol da Barra, neste domingo (26), e aqueceu ainda mais a rusga com a cúpula do PSL no estado. A entidade criticou a conduta do casal Dayane e Alberto Pimentel, acusado de ter mandado rebocar um trio elétrico que seria usado pelo Movimento Direita Salvador no evento deste domingo.
“O MBL Bahia se posiciona totalmente contra o boicote promovido pela prefeitura de Salvador em parceria com a deputada Dayane e seus novos vereadores surfistas que nunca defenderam os ideais do governo. Mesmo sendo contra a manifestação do dia 26 o MBL não procurou fazer boicote ou até mesmo impedir pessoas de irem de maneira democrática e ordeira se manifestar”, diz trecho da nota.
Segundo o MBL, a liberação de trios estava autorizada desde o último dia 14, “após reuniões com órgãos competentes, ofícios devidamente entregues e tudo formalizado”, mas ainda assim houve impedimento “de forma arbitrária e autoritária”.
“Podemos assim, ver quem realmente quer o bem do Brasil. Tentar calar as vozes das ruas com boicotes ou processos é a maneira mais baixa e sorrateira que existe, mas eles não vão nos calar”, encerra o MBL.
Além da defesa de Bolsonaro, a militância do Direita Salvador preparava críticas ao Centrão, grupo de partidos do qual o Democratas faz parte, que é acusado de colocar entraves no governo federal.
Em Salvador, o tom mais intenso dos ataques foi em direção ao prefeito e presidente nacional do DEM, ACM Neto – de quem Alberto Pimentel é secretário. Pimentel negou que tenha operado nesse sentido. Fontes afirmam, porém, que ele interferiu diretamente para que a prefeitura não liberasse a circulação de trios de movimentos, como o Reforma Já, e ameaçou, inclusive, entregar o cargo.
Dois vereadores da base de ACM Neto foram incumbidos de avisar aos ativistas sobre o impedimento. Alberto Pimentel ainda contornou os ataques a membros do Centrão. “Vejo ACM Neto muito disposto a colaborar com o governo Bolsonaro”.
Ele contou que o prefeito teria dito ao próprio presidente da República que está comprometido com a pauta e com o sucesso do atual governo. “Já quanto aos parlamentares, a gente sabe que cada um se manifesta com independência. É assim mesmo”.
Mais especificamente sobre os atritos com o líder do DEM, Elmar Nascimento, Pimentel acredita que o parlamentar ainda está em fase de adaptação ao governo Bolsonaro. “Acredito que ele irá se adaptar ao presidente, assim como o presidente irá se adaptar ao Congresso”. Para ele, os parlamentares desejam ser escutados e realizar algo de positivo para seus respectivos estados. Informações do Bocão News
