A votação da suspeição de Sergio Moro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deixou o ex-presidente Lula, pela primeira vez em muitos meses, tenso e ansioso, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo relatos de pessoas que se mantêm próximas, a possibilidade de o ex-juiz ser considerado suspeito foi a primeira que gerou expectativas reais no petista de que ele poderia, enfim, sair da prisão.

As dificuldades, como a possibilidade de adiamento, foram um banho de água fria. “Bateu o desespero”, diz uma pessoa próxima. Lula então orientou os advogados a irem para o tudo ou nada, insistindo na votação do habeas corpus.

O cálculo era o de que, se o STF não soltasse Lula agora, isso dificilmente ocorreria depois.  A Segunda Turma do Supremo manteve preso o ex-presidente, enquanto não é analisado o mérito do pedido da defesa para soltá-lo.

Os advogados de Lula argumentam que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, agiu de modo parcial, movido por ambição política, ao condenar Lula no processo em que é acusado de ter recebido um apartamento triplex no Guarujá como propina em troca de contratos na Petrobras.