Já cogitando assumir o comando nacional do PT, após pressão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já traça um plano de reestruturação do partido para evitar a saída de insatisfeitos para outros redutos de esquerda. Nos bastidores, o que se discute é a criação de cinco vice-presidências regionais para ajuda-lo a resgatar o petismo. 
 
Entre os cotados para estar ao seu lado estão Jaques Wagner (BA), Lindbergh Farias (RJ) e Luiz Marinho (SP). A articulação externa também está em definição: apesar de defenderem as eleições diretas, os petistas tentam atrair os movimentos de esquerda. Parte dos líderes da Frente Brasil Popular avalia que os protestos devem focar somente nas reformas do presidente Michel Temer a partir de agora. 
 
Já os grupos que atuaram pelo impeachment de Dilma Rousseff não apostam na capacidade de sobrevivência do peemedebista e preveem que a Lava Jato cause grande estrago a partir da volta do Judiciário, em fevereiro. Com isso, organizações como o Movimento Brasil Livre (MBL) devem engrossar os protestos de rua se as acusações atingirem ainda mais a cúpula do Palácio do Planalto.