A mulher e as duas filhas dela que morreram após o incêndio em um prédio do Condomínio Iguatemi, em Feira de Santana, a 100 km de Salvador, ocorrido na madrugada de terça-feira (4), foram enterradas neste último sábado (8). Emilia Lima Ferreira, de 50 anos, segunda vítima do incêndio, era mãe de Jessica Ferreira Barbosa, de 25 anos, e Bruna Mile Ferreira Barbosa, de 24 anos, que também morreram.

 

O sepultamento, que contou com a presença de amigos e parentes, ocorreu pouco antes das 12 horas em Feira de Santana. No dia da tragédia, as três foram socorridas e levadas para o Hospital Cleriston Andrade, em Feira de Santana, e em seguida transferidas para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiram aos ferimentos segundo informações do G1.

Segundo uma familiar, as três estavam dormindo quando o incêndio começou. “Minha tia desceu desesperada e foi queimada. Bruna e Jéssica desceram para tentar ajudar minha tia e também pegaram fogo. Jessica ainda conseguiu voltar para o quinto andar, acho que para tentar jogar uma água no corpo, mas não resistiu”. Além das três vítimas, a jovem Bárbara Brás Pereira, de 20 anos, morreu ainda no local e foi sepultada na quinta-feira (6).

 

A sexta vítima, identificada Neociane Souza Brás, mãe de Bárbara, segue internada no HGE. Ela teve queimaduras em 100% do corpo e o estado de saúde é considerado grave. O incêndio ocorreu em um prédio do condomínio Iguatemi, na manhã de terça-feira (4), no bairro Mangabeira. A suspeita é de que o fogo tenha sido provocado por um problema na fiação da rede elétrica.

 

As chamas atingiram duas motocicletas no térreo do prédio e se espalharam pelos andares do edifício. O local do acidente ainda não passou por perícia, mas equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no prédio na quarta-feira e constataram situações que podem ter aumentado a gravidade do incêndio. Entre essas situações, a sub-tenente Carla Souza localizou extintores vazios e com prazo de validade vencido desde 2013.

 

Além disso, duas motocicletas que estavam estacionadas na única saída do prédio também impediram que as vítimas deixassem o local com mais facilidade. Os veículos também acabaram incendiados. O combustível das motos atingidas pelas chamas fez com que o fogo se espalhasse rapidamente, conforme os bombeiros. Depois do acidente, alguns blocos já colocaram avisos para que as motocicletas não sejam colocadas nas entradas dos prédios.

 

A Coelba informou que, após avaliação técnica da concessionária, foi verificado que a rede elétrica foi atingida pelo fogo, provavelmente iniciado nas motos estacionadas no bloco 14 do condomínio. A empresa disse que a avaliação técnica também considerou fotos e vídeos do local, no momento do incêndio, que mostraram os equipamentos da rede ainda intactos e uma lâmpada acesa.