Fotos: Joá Souza/GOVBA

A 11ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2023) levará amantes de livros e da leitura para a cidade de Cachoeira, na Bahia, de quinta (26) a domingo (29). Conhecido mundialmente como um espaço de produção, difusão e fomento do campo literário, o evento reunirá personagens que marcam o segmento, nas mais diferentes regiões do planeta. A proposta é promover reflexões que mesclam a literatura da Bahia com as mais diversas manifestações culturais e populares.

Com o tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”, a Flica é um dos maiores e mais renomados eventos literários do mundo. Totalmente gratuita, a edição 2023 apresenta uma grade diversa, protagonizada por autores da literatura nacional e internacional, com opções para adultos e crianças. O evento contará também com fanfarras de escolas públicas, grupos musicais, exposições, teatro, poesia, dentre outras ações.

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Serão diferentes espaços: Tenda Paraguaçu, localizada próximo ao Rio Paraguaçu, que abriga os principais nomes do evento; Geração Flica, na Estação Ferroviária que visa fomentar a leitura para o público jovem (14 a 24 anos); e a Fliquinha, com programação e decoração exclusiva para o público infantil, que vai ficar localizada no auditório da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (CAHL/UFRB).

A Flica 2023 também assegura espaços conhecidos, como a Casa do Governo, na Fundação Hansen Bahia; as Casas das Editoras Baianas, na Tenda Principal; e as Feiras de livros, das Mulheres Negra, de Artesanato e da Economia Criativa.

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Além disso, a festa também está inaugurando novos produtos que demarcam a diversidade de conteúdo: a Flica Audiovisual, realizada no Cine Theatro e em parceria com a TV ALBA; Academia Cruzalmense de Letras e Academia Maçonica de Letras e Artes, com mesas de debates e lançamento de publicações; a Casa do Patrimônio, espaço que reunirá conteúdos referentes ao Patrimônio Material e Imaterial (Casa do IPHAN).

Também terá a Casa Preta Hub, espaço que apoiará os artistas locais a produzir conteúdo para o digital, fotográfico e de som, além do espaço de coworking para co-criar e desenvolver os negócios locais; o Espaço Dannemann, com atividades de extensão, pela primeira vez, na cidade de São Félix; a Casa da Irmandade Nossa Senhora da Ajuda, que contará com a exposição dos acervos e publicações que marcaram a trajetória da editora Solisluna; a Santa Casa Cultural, espaço dedicado a lançamentos de livros, poesias, artes, apresentação do Projeto Instituto e Memorial Santa Casa Cultura Viva, saraus, dentre outras novidades.

A Flica também é importante por movimentar a economia da região, principalmente no setor de serviços, o que acaba criando empregos temporários. O evento gera um aumento no fluxo turístico em mais de 200% durante a sua realização e impulsiona os setores de alimentação, comércio e hospedagem. A ocupação atinge os 100% dos leitos, além das hospedagens em imóveis residências alugados, não apenas em Cachoeira, mais em cidades próximas como São Félix, Santo Amaro e Maragogipe.

Programação

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Um dos destaques da Flica deste ano é um reforço no debate das questões sobre diversidade racial, pautado pela importância dos povos originários e descendentes de africanos nas lutas pela independência do Brasil na Bahia. Com isto, estão garantidas as atividades como debates, apresentações e intervenções artísticas, encontros literários, lançamentos de livros, sessões de espetáculos, contação de histórias, apresentações literárias, exibição de conteúdos audiovisuais e apresentações de filarmônicas.

Entre os destaques da programação, estão as presenças confirmadas da cubana Teresa Cárdena, dos jornalistas Emiliano JoséJean Willys (foto abaixo) Ricardo Ishmael, das doutoras Feibriss Cassilhas Leda Maria Martins, do compositor Tiganá Santana, dos escritores Deko Lipe Estevão Ribeiro, da doutora Mille Caroline Rodrigues Fernandes ‘Maykesi, do poeta Eliane Marques e do ilustrador Yaguarê Yamã. Também estão confirmadas as presenças da escritora de ficção e tradutora, Marilene Felinto, que além de atuar como jornalista, é colunista da publicação digital Gama; Luciany Aparecida, que também é autora do livro de poemas Macala, da peça Joanna Mina.

Também está confirmada nesta 11ª edição da Flica, Elisa Larkin Nascimento, mestre em Direito e Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York; Auritha Tabajara, escritora, cordelista e contadora de histórias indígenas.

O evento também apresenta Cleidiana Ramos, jornalista e doutora em antropologia; a poeta, relações-públicas e produtora cultural, Adriele do CarmoYacunã Tuxá, ativista indígena, LGBTQIAPN+, artista visual, ilustradora e escritora.

Eliane Potiguara, a primeira mulher indígena a receber o título de Doutora Honoris Causa no Brasil, também está entre os grandes nomes de autores, palestrantes, intelectuais e apreciadores da literatura brasileira e internacional. A programação completa está disponível neste site.

Curadoria
A curadoria da Flica é formada por Mírian SumicaLuciana BritoJocivaldo dos Anjos Clara Amorim (Duca). Nesta edição, a curadoria artística está sendo realizada por André Reis e a curadoria dos autores baianos pela professora Dyane Brito. A coordenação Geral é de Jomar Lima (CALI – Cachoeira Literária) e a coordenação executiva é com Vanessa Dantas (Fundação Hansen Bahia).

A Flica 2023 é realizada pela Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a CALI – Cachoeira Literária, conta com a parceria da TV ALBA, da Prefeitura de Cachoeira, tem como livraria oficial a LDM, a CNA é a Internet oficial da FLICA e patrocínio ACELEN, Teiú, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, Caixa e Governo Federal.

Serviço
O quê: Flica 2023
Onde: Cachoeira (BA)
Quando: De quinta (26) a domingo (29)

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