Agência Brasil

A maioria dos brasileiros já sofreu tentativa de fraude ou conhece alguém que tenha sido vítima e está atenta e apreensiva em relação a esses crimes e violações dos seus dados pessoais, segundo pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

No período de pandemia, o relacionamento da população com o meio digital tornou mais agudas essas questões com aumento do uso de meios eletrônicos, via celular ou internet por exemplo, para transações financeiras, trabalho, compras.

Segundo o estudo, embora uma grande parte da população (42%) perceba uma evolução positiva na segurança de seus dados pessoais, nos últimos cinco anos, 33% acreditam que estão menos seguros e 22% não identificaram alteração no período. Já para os próximos cinco anos, 54% têm a expectativa de avanço na segurança e 22% apostam que esses dados estarão ainda menos seguros.

A maioria (79%) também considera que a privacidade nos meios eletrônicos virou um mito, e que tudo, ou a maior parte, das suas informações podem ser acessadas. Por isso, é grande a cobrança por maior eficiência e endurecimento da legislação que trata da proteção de dados. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 25 de junho, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do País.

“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas também grandes corporações e instituições públicas e privadas”, diz, em nota, o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Segundo dados da Febraban, no primeiro bimestre de 2021 os ataques de “phishing”, a chamada “pescaria digital”, cresceram 100% em relação ao ano passado, enquanto os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento ainda maior, de 340%. G1/Valor