Foto: Governo Federal

O cinto de segurança é item essencial para proteger vidas e pode reduzir em até 70% as mortes e lesões graves. Obrigatório no Brasil desde 1997, o cinto ainda é um dispositivo pouco usado pelos passageiros do banco de trás, que são levados por uma falsa sensação de segurança. Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade dos passageiros não utilizam o cinto quando estão no banco traseiro e estão sujeitos a lesionar gravemente a pessoa sentada à frente e a si mesmos, além de resultar em multa e pontos na carteira.

Recentemente um acidente de carro envolvendo um ex-BBB fez ressurgir o debate sobre a importância do uso do cinto de segurança. Na madrugada do dia 31 de março, o ex-BBB Rodrigo Mussi sofreu um grave acidente numa corrida de carro por aplicativo entre Osasco e São Paulo capital. Segundo o boletim de ocorrência do caso, o ex-BBB teve “traumatismo e diversas fraturas na face e membros inferiores”. O motorista Kaique Faustino Reis não sofreu ferimentos e quando questionado disse que cochilou ao volante, mas usava o cinto de segurança. Já Rodrigo, segundo ele, se recusou a colocar o equipamento de segurança.

Daniel Pestana, motorista de carro por aplicativo em Salvador há 5 anos, relata que a maioria dos seus passageiros coloca o cinto de segurança por conta própria e outros colocam quando ele pede, sem oferecer resistência. Daniel, conta que em 2011, quando veio de São Paulo para Salvador, notou que havia uma resistência em utilizar o cinto em Salvador. “De uns dois anos pra cá o pessoal se conscientizou que realmente tem que usar o cinto. Hoje é quase que de lei a pessoa entrar no carro e colocar o cinto. Tanto atrás e mais ainda na frente.” Declara Daniel.

Ele acredita que o roteiro que faz interfere na sua percepção sobre o uso do cinto. O público que faz o roteiro Aeroporto -Barra, talvez seja um público mais consciente sobre a utilização do cinto de segurança. “Pego muito turista e público de fora de Salvador. Quando eu ando mais por dentro da cidade, eu vejo que a maioria dos passageiros não coloca o cinto, mas se eu cobrar, a pessoa leva numa boa. A diferença é a consciência de entrar no carro e já colocar o cinto.” Declara.

De janeiro a abril deste ano, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) registrou 7.035 infrações de condutores por deixar de usar o cinto de segurança. Já em relação aos passageiros não usando o cinto, foram registradas 926 notificações ao proprietário do veículo no mesmo período.

Segundo a Transalvador, os condutores soteropolitanos possuem maior incidência de multas de trânsito pela não utilização do cinto de segurança. Mas, cerca de 50% dos passageiros do banco de trás ainda são levados por uma falsa sensação de segurança e deixam de utilizar o cinto. A título de comparação, o Clube Detran afirma que na hora de um acidente, o passageiro de trás é jogado contra o banco dianteiro com o peso de um elefante ou algo em torno de 35 vezes o seu peso. Força capaz de esmagar a pessoa sentada à frente e causar lesões graves. O que reforça a importância do uso do cinto de segurança por todas as pessoas dentro do veículo. TRBN . Por Annandra Lís