Relatório da ONU divulgado na terça-feira (2) aponta que mais de 113 milhões de pessoas em 53 países sofrem “insegurança alimentar aguda”. Referentes ao ano de 2018, os dados foram apresentados pela União Europeia (UE), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Programa Alimentar Mundial (PAM), entre outras organizações.

Segundo o G1, as entidades destacam que o problema afeta principalmente países da África. As mais graves crises estão no Iêmen, República Democrática do Congo, Afeganistão, Etiópia, Síria, Sudão, Sudão do Sul e no norte da Nigéria.

A chefe de emergências da FAO, Dominique Burgeon, afirmou que, nos países africanos, há quase 72 milhões de pessoas afetadas pela fome aguda. Nos últimos três anos, cerca de 50 países enfrentam dificuldades para alimentar as populações.

De acordo com o documento, as guerras foram a principal causa da insegurança alimentar no mundo. Dois terços da população que enfrenta fome aguda estavam em 21 territórios localizados em zonas de conflito.

“Nesses países, até 80% das populações afetadas dependem da agricultura”, afirmou Burgeon. “Estas pessoas precisam receber assistência humanitária de emergência para poder se alimentar e condições para impulsionar a agricultura”.

O relatório pede o fortalecimento da cooperação entre a prevenção, preparação e reação no atendimento às necessidades humanitárias urgentes e às causas profundas, que incluem as mudanças climáticas, choques econômicos, conflitos e deslocamentos.