O pai da menina Maria Elaine Sobras Cortes, de 10 anos, encontrada morta em janeiro deste ano, após sair para comprar pipoca, em Salvador, afirmou que a prisão temporária do suspeito do crime o deixou mais tranquilo.

“Foi muito duro, mas meu coração está mais descansado. Tem sido muito difícil ver uma pessoa fazer isso. Ela era caseira, gostava dos estudos e da igreja. Ela era esforçada. Eu só peço justiça”, afirmou João dos Santos, pai da vítima.

O corpo de Maria Elaine foi encontrado no bairro Alto de Coutos, em 17 de janeiro deste ano, após ficar desaparecida por três dias. As informações são de a que menina saiu para comprar pipoca e não foi mais vista.

No dia do desaparecimento, a vítima estava sozinha em casa. O pai dela, João dos Santos, estava no trabalho e a madrasta havia saído para levar a irmã de Maria Elaine ao médico. A prisão do suspeito ocorreu quatro meses após o crime. Apesar disso, a polícia não informou a identidade do suspeito e nem onde ele foi achado.

Em entrevista ao G1, na manhã desta terça-feira (28), João dos Santos afirmou entretanto que o suspeito do crime é vizinho da família e que tinha uma boa relação com a menina.

“Ele é meu vizinho. Após o crime, eu achei que ele ficou desconfiado, mas ele continuou morando lá. A gente tinha uma boa relação. Ele ajudou nas obras da minha casa. Ele é prático de pedreiro. Então, quando estava fazendo obras na área da garagem da casa, ele me ajudou. Ele conversa muito com minha filha. Chamava ela de titia. Ele tinha uma ótima relação” afirmou o homem.

Apesar disso, João informou que sentiu que o vizinho ficou diferente com ele um dias após o desaparecimento da menina. Desde então, ele começou a desconfiar dele.

“Um dia depois do crime eu comecei a desconfiar dele. Ele mudou comigo, ficou muito diferente. Quando minha filha desapareceu, eu perguntei se ele tinha visto minha filha e ele não falou. Só fez abaixar a cabeça. Sem responder, fez um sinal de não com a mão e saiu andando. Eu comecei a desconfiar dele nesse momento”, afirmou.