Mais experiente do grupo na Assembleia Legislativa, o deputado Nelson Leal (PP) será o líder do bloco informal de oito parlamentares criado na Casa para dar andamento, em conjunto, às negociações com o governo Jerônimo Rodrigues (PT).

Integram também o grupo os deputados Felipe Duarte (PP), Luciano Araújo (Solidariedade), Vitor Azevedo (PL), Raimundinho da JR (PL), Laerte de Vando (Podemos), Binho Galinha (Patriota) e Patrick Lopes (Avante). Desses, apenas Laerte não está no primeiro mandato.

Todos os oito são de partidos que apoiaram a candidatura do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) ou a do ex-ministro João Roma (PL) ao Palácio de Ondina, em 2022, mas já aderiram ao governo Jerônimo desde o início de 2023 e buscam receber um tratamento isonômico na comparação com os demais aliados da base.

Com o bloco, arquitetado pelo presidente do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto – que espera para o futuro a filiação ao partido de ao menos quatro dos oito -, os deputados prometem agir sempre de forma conjunta, inclusive nas votações na Assembleia. Assim, aumentam o poder de pressão e barganha junto ao Palácio de Ondina.

Nelson Leal, que está no quinto mandato como deputado estadual, já foi presidente da Assembleia Legislativa e busca uma reaproximação com o governo. Como o bloco não é formal, ele não terá as prerrogativas asseguradas pelo Regimento Interno da Casa para os líderes partidários.

Mas, mesmo de maneira informal, Leal vai comandar a terceira maior bancada governista no Legislativo com peso para influenciar na próxima disputa pela cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em dezembro, e para a presidência da própria Assembleia, em fevereiro de 2025. Política Livre