Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), informou na manhã desta quarta-feira (25), que o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e o sócio da Belcher Emanuel Catori foram incluídos na lista de investigados da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Catori depôs nesta terça à CPI. O empresário admitiu ter relações com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PI), mas negou influência do deputado nas negociações de vacinas com o Ministério da Saúde.

Maximiano foi ouvido na semana passada. A empresa dele intermediou a venda de vacinas da Covaxin. A pasta anulou o contrato bilionário. A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.

Outro investigado, Roberto Ferreira Dias, foi acusado de pedir 1 dólar de propina por dose de vacina. Ele foi exonerado do cargo em julho, após a divulgação de um encontro, para um chopp, com um suposto vendedor de vacina em um shopping em Brasília (DF).

Em depoimento à CPI da Covid, no dia 1 de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse que US$ 3,50 era o valor da dose na primeira tratativa sem propina, que, segundo ele, só viria com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias.

Na mesma lista de investigados pela CPI, estão nomes como o atual ministro de Saúde, Marcelo Queiroga, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, e o do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.