Foto: Eliana Nascimento/G1 AM
Um caminhão frigorífico foi alugado para armazenar corpos dos detentos mortos durante massacre em unidades prisionais do Amazonas. Isso ocorre porque o Instituto Médico Legal (IML) tem espaço para 20 corpos, e 55 foram mortos. Doze mortos já foram liberados para as famílias. O IML informou que o frigorífico foi alugado para colocar os 40 internos mortos em quatro unidades prisionais da capital, na segunda-feira (27).
Os corpos já liberados são de detentos vítimas da matança do domingo (26), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). A presidente do Sindicato dos Peritos no Amazonas, Viviane Pinto, disse que o trabalho de identificação dos corpos é demorado em razão do número reduzido de peritos.

“Devido ao número reduzido de peritos, esse trabalho é mais longo e demorado. São quatros peritos legistas na escala e um odonto legista para toda essa demanda. Atualmente, são 20 gavetas no IML, que já estão ocupadas. Os demais corpos estão na câmara frigorífica que foi contratada”, disse.

Em frente ao IML, familiares do detento William Willer Souza de Souza, de 25 anos – preso no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) por tráfico de drogas há dois anos -, aguardavam por notícias. “Quando eles falaram os nomes de quem havia sido morto, disseram o nome do William. Não tenho nem palavras para o momento”, disse a tia do homem, Iranete Souza da Silva, 48.

Mortes
O massacre de presos em unidades prisionais do estado deixou 55 mortos. A matança teve início no Complexo Anísio Jobim (Compaj), onde 15 presidiários morreram no domingo (26) após confronto. Um dia depois, 40 presos foram encontrados mortos em outras unidades penais do estado. G1