A Mancha Verde é a grande campeã do carnaval 2019 de São Paulo. É o primeiro título da escola. Vai-Vai e Acadêmicos do Tucuruvi foram rebaixadas. A escola levou o troféu com desfile sobre a princesa africana Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, e discutiu escravidão, direitos de negros e mulheres e intolerância religiosa na avenida.

“Eu tenho muito orgulho de fazer parte da Mancha. Atribuição [da vitória] é para todos nós. E graças a Deus o presidente [Paulo Serdan] teve cabeça fria e trouxe o Jorge Freitas [carnavalesco da escola]. Parabéns, Jorge!”, comemorou o vice-presidente da escola, Rogério Carneiro.

Integrantes da Mancha Verde comemoram títutlo de campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo — Foto: Celso Tavares/G1
Integrantes da Mancha Verde comemoram título de campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo — Foto: Celso Tavares/G1
Mancha Verde com a taça de campeã do carnaval de São Paulo 2019 — Foto: Paula Paiva/G1
Mancha Verde com a taça de campeã do carnaval de São Paulo 2019 — Foto: Paula Paiva/G1
O resultado final do carnaval de SP em 2019 — Foto: Arte/G1
O resultado final do carnaval de SP em 2019 — Foto: Arte/G1

Em seu primeiro ano na Mancha Verde, após títulos na Gaviões da Fiel, na Rosas de Ouro e na Império de Casa Verde, o carnavalesco Jorge Freitas trabalhou com a ideia de enredo dada pelo presidente da escola, Paulo Serdan. A rainha de bateria Viviane Araújo festejou a vitória da escola.

“Ganhamos! Eu queria estar lá com todo mundo, estou muito feliz. Foi lindo, a gente fez um trabalho lindo a escola se preparou para isso o ano todo, o Paulo investiu muito nesse carnaval e é merecido, a Mancha mereceu. Eu queria abraçar todo mundo, festejar com todo mundo, com a Puro Balanço, minha bateria… Estou muito feliz e sexta-feira vamos fazer mais uma festa no Anhembi”, disse ela ao G1.

Trajetória no carnaval de SP

Em 2018, a Mancha ficou na terceira colocação, atrás da campeã Acadêmicos do Tatuapé e da vice Mocidade Alegre, apenas por causa dos critérios de desempate. A escola retornou ao Grupo Especial em 2017, quando ficou em décimo lugar.

Veja a trajetória da Mancha Verde nos últimos anos — Foto: Arte/G1
Veja a trajetória da Mancha Verde nos últimos anos — Foto: Arte/G1
Comparativo do resultado final do carnaval 2019 com o de 2018 — Foto: Arte/G1
Comparativo do resultado final do carnaval 2019 com o de 2018 — Foto: Arte/G1

Ranking de títulos no carnaval

Rebaixada neste ano, a Vai-Vai é a maior campeã do carnaval de São Paulo, com 15 títulos conquistados. Em segundo, está a Nenê de Vila Matilde, com 11, seguida de Camisa Verde e Branco e Mocidade Alegre, com 9 cada uma.

A Rosas de Ouro, que ficou em terceiro lugar na disputa em 2019, tem 7 títulos. Já a vice Dragões não tem nenhum vitória no carnaval. A Mancha, que também nunca tinha ganhada antes deste ano, tem um título.

O ranking de títulos do carnaval de SP — Foto: Arte/G1
O ranking de títulos do carnaval de SP — Foto: Arte/G1

Desfile das campeãs

Na sexta-feira (8), a Mancha Verde vai fechar o Desfile das Campeãs no Sambódromo do Anhembi. Também vão desfilar as outra quatro escolas mais bem classificadas após a apuração realizada nesta terça: Dragões da Real, Rosas de Ouro, Unidos de Vila Maria e Império de Casa Verde, além da campeã e vice do Grupo de Acesso, que serão conhecidas ainda nesta terça.

Integrante da Mancha Verde durante o desfile campeão — Foto: Fabio Tito/G1
Integrante da Mancha Verde durante o desfile campeão — Foto: Fabio Tito/G1

A agremiação, que foi criada a partir da torcida organizada do Palmeiras, botou seus 3.000 componentes para retratar abusos sofridos pelos negros africanos trazidos para o Brasil e obrigados a abandonar suas religiões.

O gigantesco carro abre-alas retratava as riquezas do Congo e de Oxalá, um dos orixás das religiões africanas. No recuo, a bateria vestida como guerreiros africanos inaugurou plataformas para elevarem os diretores, que regem os ritmistas.

Nos carros, atores encenavam momentos de tortura e punições aos quais os escravos eram submetidos no Brasil. No último deles, um enorme busto de ferro, que será doado ao Museu Afro Brasil, representava Zumbi dos Palmares.

Ala da Mancha Verde representando coqueiros — Foto: Fabio Tito/G1
Ala da Mancha Verde representando coqueiros — Foto: Fabio Tito/G1
Ala Maracatu, da Mancha Verde — Foto: Fabio Tito/G1
Ala Maracatu, da Mancha Verde — Foto: Fabio Tito/G1
Comissão de frente da Mancha Verde representa chegada da princesa do Congo — Foto: Fabio Tito/G1
Comissão de frente da Mancha Verde representa chegada da princesa do Congo — Foto: Fabio Tito/G1
Mãos calejadas a lavourar, ala da Mancha Verde — Foto: Fabio Tito/G1
Mãos calejadas a lavourar, ala da Mancha Verde — Foto: Fabio Tito/G1
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mancha Verde, Marcelo e Adriana — Foto: Fabio Tito/G1
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mancha Verde, Marcelo e Adriana — Foto: Fabio Tito/G1

Informações do G1