(Lucas Merçon / Fluminense FC)

O técnico Mano Menezes foi o personagem principal da derrota por 1×0 do Bahia para o Fluminense no Maracanã, neste domingo (11). Sem torcida e com os microfones abertos em campo, foi possível ouvir as reclamações do comandante, sobretudo com o árbitro. Os berros de Mano aumentaram após a marcação de pênalti, aos 26 do 2º tempo, que deu a vitória ao Fluminense.

Tanto em quantidade, como em gravidade: “aproveita o jogo, porque depois dessa você não apita mais”, disse o técnico ao árbitro José Mendonça Silva Júnior. Mano disse também que o gol seria creditado ao árbitro, com assistência do árbitro de vídeo, Rafael Trasci: “deixa esse vagabundo aí, não fica conversando com vagabundo”.

Em entrevista coletiva após a partida, Mano explicou o que achou do lance. “Na nossa opinião não houve pênalti e na avaliação do árbitro também. Porque ele estava a cinco metros do lance e interpretou, com a força do campo, daquilo que se vê na hora, de que não tinha sido pênalti”, disse.

“Depois, olhando em câmera lenta, olhando por outro ângulo, quase tudo pode ser falta. Por coincidência, o árbitro de vídeo é o mesmo que não marcou pênalti em Gilberto contra o Sport. E que depois anulou o nosso gol no final. Então as coincidências no futebol brasileiro incomodam a gente. Quando passam a ser apenas contra um lado, ocorre um desequilíbrio técnico”, completou Mano. Ao final do jogo, Mano entrou em campo e foi conversar com o árbitro José Mendonça.

“Fui falar a ele que ele não tinha apitado o pênalti”, disse. “Eu não acho que essa ferramenta do VAR foi criada para ser acionada em lances que o árbitro já interpretou. Acho que o vídeo deve chamar para lances que o árbitro não viu. Senão, vamos ter duas arbitragens em campo. Sendo que uma está distante, não sente a força da mão nas costas. A gente conhece futebol, sabe que um jogador experiente (como Nenê), quando sente a mão nas costas, acaba se atirando para forçar o pênalti”, opinou Mano Menezes.

Por fim, o comandante tricolor acusou o árbitro de vídeo, Rafael Trasci, de ser parcial: “São dois prejuízos importantes para a gente. Contra o Sport houve um pênalti claro em Gilberto e ele não chamou. E agora, de novo, perdemos o jogo num lance em que não deveria ser macado pênalti. O Bahia tem que se posicionar em relação a isso. O campeonato é feito de momentos importantes e não podemos deixar isso passar batido”. (Correio da Bahia)