Após o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter feito uma declaração polêmica sobre a escravidão, a titular da MinC, Margareth Menezes, defendeu o chefe do executivo federal, na terça-feira (25). Na ocasião, Lula agradeceu “por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão”, mas a declaração não foi bem recebida pelos movimentos e organismos negros independentes do país.
“O presidente Lula é uma pessoa que eu admiro muito. Ele tem a humildade de aprender. Ele fez uma colocação que não foi dizendo a escravidão foi boa, ele agradeceu o que foi construído pelas pessoas escravizadas. O que ele falou foi isso. Foi mal colocado. O que ele vem fazendo? Ele pede que as pessoas que estão dentro oriente melhor as falas”, explicou Menezes.
Essa fala da ministra foi feita durante um café da manhã com algumas jornalistas negras, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No encontro continuou a defesa de Lula dizendo que é preciso “colocar cada coisa em seu lugar”.
“Não é possível a pessoa achar que o presidente Lula é uma pessoa racista. Vamos colocar cada coisa em seu lugar. Erros existem, eu posso cometer um erro. A partir do momento em que descontextualizam uma palavra para começar a achar que o presidente [é racista] a gente tá comprando a narrativa de quem não quer ver o país andando. O presidente Lula dá esse exemplo para todos nós”, declarou a ministra.
Para concluir, Margareth Menezes elogiou o chefe do executivo brasileiro, uma vez que ele, segundo ela, sempre se propõe a se corrigir quando erra. “Errar é naturalmente humano, o mais importante é se colocar no lugar de se corrigir. Ele fez isso, é bom a gente ter um presidente que tem essa sensibilidade de poder se corrigir, aprender, ter mais letramento. Para, quando se colocar, se colocar melhor”, finalizou Margareth Menezes. BNews