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A vereadora do Rio de Janeiro Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco, afirmou à GloboNews que a família e os assessores de Marielle não percebiam que havia um risco iminente à segurança da parlamentar. Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados a tiros no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018.

Réu confesso pelo crime, o ex-policial Élcio de Queiroz afirmou em delação divulgada na segunda (24) que o crime havia sido tentado três meses antes.”Essa informação foi na verdade a que mais me chocou, me mobilizou emocionalmente na delação do Élcio. […] Entender que ela já corria risco há muito tempo. Segundo o que o Élcio relata, ela estava sendo monitorada desde agosto de 2017″, disse Mônica Benício à GloboNews.

“E eu fico pensando, a Marielle não tinha um trabalho, uma atuação efetiva que fosse algo de combate à milícia. Algo que a colocasse de fato em risco. Marielle não se entendia em risco, não tinha nenhum tipo de ameaça. Nem em redes sociais, nem pessoal”, declarou.
Segundo Mônica, durante os 15 meses em que Marielle Franco exerceu mandato de vereadora (interrompido pela execução a tiros), o índice de rejeição percebido pela equipe era “muito baixo”. Marielle, diz Mônica, era parada na rua para demonstrações de afeto e agradecimento.

“Então, saber que ela já estava sendo monitorada desde agosto de 2017 realçou a tristeza em algum aspecto. Foi lembrar, também, de cada momento que Marielle estava ali vivendo e não sabia que sua vida estava ameaçada, estava correndo risco”, disse a viúva, hoje também vereadora pelo Rio. “Se qualquer pessoa que trabalhasse com ela, ou da família, ou ela mesma, tivesse imaginado isso, teríamos tomado medidas de segurança. Mas infelizmente, estamos falando de um crime muito bem planejado”, continuou. G1