A Marinha Brasileira está fazendo buscas no mar da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para encontrar armas que seriam de Ronnie Lessa, preso pela acusação de ter matado a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

Segundo apurado pela TV Globo, buscas estão sendo feitas no entorno do Arquipélago das Tijucas, ilhas que podem ser vistas do Quebra-Mar, há dois dias. Em depoimento na Divisão de Homicídios da Capital, que investiga o caso, uma testemunha contou que foram jogados ao mar seis armas, uma bolsa e uma caixa lacrada.

Dois homens teriam saído da casa no Pechinha, na Zona Oeste, usada como oficina para construção do armamento, e descartaram as peças no mar. A casa onde as armas eram construídas não tinha sequer geladeira ou fogão, segundo a Polícia e o Ministério Público.

Na última sexta-feira (22), pescadores da Zona Oeste confirmaram ao G1 que a Polícia Civil foi até o local de onde, segundo a denúncia, um barco saiu para fazer o descarte das armas no dia 14 de março, exatamente um ano após a morte da vereadora e seu motorista.

Na Operação Lume, foram presos Lessa, PM reformado, que segundo as investigações atirou e matou Marielle em 14 de março de 2018; e Élcio Vieira de Queiroz, que dirigiu o carro que emparelhou com o da parlamentar antes dos disparos. Morador de um imóvel no Méier onde foram encontrados fuzis, Alexandre Mota Souza também foi preso.

O descarte no mar teria acontecido pouco antes de a especializada e o Ministério Público encontrarem o local onde Ronnie Lessa construía as armas, depois de receber as peças. Quando equipes entraram no apartamento no Pechincha, na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, não havia sinal do armamento segundo informações do G1.