Crédito: Felipe Oliveira /EC Bahia

A entrevista coletiva após o jogo contra o lanterna e já rebaixado América-MG foi bem diferente do que Rogério Ceni desejava. Na noite deste domingo (3), o técnico lamentou a derrota, de virada, por 3×2, para a equipe mineira na penúltima rodada do Brasileirão. Com o resultado, o tricolor se manteve na zona de rebaixamento, na 17ª posição, com 41 pontos, e não depende apenas das próprias forças para evitar uma queda à segunda divisão nacional.

“Nós tentamos de todas as maneiras fazer o gol, tivemos todas as oportunidades e criamos muito. Infelizmente a bola não entrou. O torcedor logicamente fica envergonhado com o resultado assim como a gente. Temos que tentar reunir forças para quarta-feira, o campeonato não acabou. Lamento não ter conseguido minimamente um ponto em dois jogos, um deles contra um time que já caiu”.

Rogério Ceni também comentou o fato de o Bahia jogar com um atleta a mais durante boa parte do segundo tempo. Matheusinho foi expulso aos 16 minutos da etapa final após fazer falta em Biel na entrada da área.

“O fato de jogar com um jogador a menos nós exploramos bem, com Ademir e Biel. E depois o Jacaré. Colocamos dois ‘noves’ na área, jogamos só com um zagueiro e dois laterais mais por dentro, e jogadores no meio-campo, com Rezende e Cauly. Tentamos de todas as maneiras. Em alguns momentos tomamos decisões erradas, em outros não sei como a bola não entrou. Quando estávamos com superioridade numérica tivemos todas as chances para fazer o gol, mas talvez não tenhamos tido a calma para concluir as chances que poderiam ter nos dado a vitória”, analisou.

Na avaliação do técnico, a equipe atravessa um momento ruim principalmente pela pressão que enfrenta no campeonato. “Mental. É muito mais mental do que cansaço. Nos últimos jogos tivemos um intervalo maior, mas acho que está muito relacionado ao mental. Essa situação é muito do lado psicológico. É a única coisa que eu posso explicar. O gol que sofremos no final contra o São Paulo retrata bem isso”, disse.

Durante a entrevista coletiva concedida no estádio Independência, Rogério Ceni também admitiu que não está nada satisfeito com o próprio trabalho. “Eu me sinto envergonhado pelo meu trabalho, sendo bem sincero”, lamentou Rogério Ceni. “Temos que achar um time que seja compatível para jogar contra o forte time do Atlético-MG e tentar nossa última cartada na Arena Fonte Nova”, completou.

O Bahia joga a última rodada da Série A do Brasileiro contra o Atlético-MG, quarta-feira (6), às 21h30, na Fonte Nova. Para seguir na elite em 2024, o tricolor precisará vencer o adversário mineiro e torcer para que Santos ou Vasco não vença. Ceni disse que não vê como modificar o estado psicológico do grupo em tão pouco tempo, mas que irá motivar os atletas tricolores para a decisão da rodada derradeira.

“Não sou da área da psicologia. O que posso fazer é incentivar meus atletas, mostrar o melhor caminho para o jogo e cobrar no sentido da melhora. Temos que saber que ainda há a chance de um triunfo e trabalhar em cima dele. Não temos como mudar o estado psicológico em dois dias, temos que tentar conviver com essa derrota e tentar fazer um resultado melhor do que Vasco e Santos na próxima rodada”. Correio da Bahia